Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ator foge de polêmicas em autobiografia

MARIANE MORISAWA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Era uma vez um austríaco, nascido numa vila no pós-Segunda Guerra, que virou campeão dos maiores campeonatos de fisiculturismo, um dos atores mais bem pagos do cinema, casou-se com uma Kennedy, e, finalmente, foi eleito governador da Califórnia.

Fosse um filme, a vida de Arnold Schwarzenegger seria descrita como inverossímil.

A trajetória é registrada agora na autobiografia "Arnold Schwarzenegger - A Inacreditável História da Minha Vida", escrita com Peter Petre, ex-editor da revista "Fortune".

Eles encontraram-se pela primeira vez em meados de 2011, numa tenda no pátio da casa do "governator". O escritor argumentou que precisavam ver se haveria química, mas o ator estava pronto para começar.

"Ele é assim: quando define um objetivo para si mesmo, sabe que vai alcançá-lo", disse Petre à Folha.

Em vários momentos do livro, essa determinação fica clara. Muitas vezes, o astro procurou mentores para melhorar algum traço que considerava falho, como sua habilidade para contar piadas.

Foram centenas de horas de conversas com o biografado e mais algumas com amigos. "Há pessoas perto dele desde a infância na Áustria até amigos do fisiculturismo, de Hollywood e da política."

Petre diz que a família esteve envolvida no projeto, mas prefere não falar sobre isso. Em 2011, um dia depois de deixar o governo, Schwarzenegger e a mulher, Maria Shriver, foram ao terapeuta de casais, onde ele foi confrontado sobre um filho fora do casamento.

O episódio pôs fim ao casamento de 25 anos, que gerou quatro filhos, mas rende cerca de seis páginas no penúltimo capítulo do livro.

"Essa parte foi muito ponderada porque havia muitas pessoas afetadas. Ele queria respeitar a privacidade de todos", explica Petre.

Outros pontos polêmicos, como o passado do pai, obrigado a se filiar ao Partido Nazista, e as acusações de assédio sexual são abordados brevemente. A obra é bem mais detalhada quando se trata da carreira no fisiculturismo.

No caso do cinema, há relativamente poucas histórias dos sets, mas Schwarzenegger, 65, mostra a disposição de retomar o posto de astro. Se sua vontade vai prevalecer, como das outras vezes, é algo a se conferir.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página