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Schwarzenegger volta ao cinema policial

Após oito anos como governador da Califórnia, ator vive xerife que caça traficante de drogas em 'O Último Desafio'

"Me senti vulnerável em voltar ao cinema", diz o ex-político, que atua com Rodrigo Santoro no filme que estreia hoje

FERNANDA EZABELLA DE LOS ANGELES

Aposentadoria é para maricas. A frase está no cartaz em inglês de "O Último Desafio", primeiro filme estrelado por Arnold Schwarzenegger após seu retiro político como governador da Califórnia.

Ele faz um ex-policial de elite que deixou a violência das grandes cidades para virar xerife de uma cidadezinha pacata, numa semiaposentadoria interrompida com a fuga de um traficante.

"Tem gente que me pergunta quando vou me aposentar. Aposentar do quê? De me divertir fazendo filmes? É muito melhor ter minha vida do que a de qualquer outro cara normal", disse Schwarzenegger para um grupo de jornalistas em Los Angeles.

O ator, que visitará o Brasil no final de abril para um festival de esportes, apareceu na entrevista com um charuto apagado que colocou na ponta da mesa, junto com uma balinha de menta que tirou da boca.

Seu cabelo estava tingido de preto e ele usava um anel de caveira chamativo.

Schwarzenegger, 65, interpreta o xerife Owens, que conta com uma equipe de inexperientes, incluindo um rebelde Rodrigo Santoro, para capturar o maior traficante de drogas dos últimos tempos que está em rota ao México, passando pelo nariz de Owens.

VULNERÁVEL

"Meu personagem é vulnerável por causa de sua idade, porque está machucado do tempo em que era policial em Los Angeles", conta.

"Também me senti vulnerável, me perguntei se ia mesmo funcionar voltar ao cinema", afirma o ator.

A dúvida sumiu após participar da franquia "Mercenários", a convite do colega Sylvester Stallone.

"Foi bom para testar. E quando vi a reação das pessoas, achei que daria certo."

Os oito anos que passou como governador do Estado mais populoso dos EUA deixaram algumas lições que ele leva ao cinema.

"Se você está na moda, tem muitos amigos. Se está por baixo, não tem amigo nenhum", ele diz. "Também é preciso saber se conectar com as pessoas, não pode só ler diálogos vazios."

Para o produtor Lorenzo di Bonaventura, que trabalhou com Schwarzenegger em outros três filmes anteriores, a experiência política o deixou mais sensível.

"Ele ainda é Arnold, mas acho que hoje tem outro nível de entendimento sobre quem somos, algo que você aprende passando por um trabalho desse tipo", disse.

MAIS DEVAGAR

Se o ator parece mais devagar em "O Último Desafio", ele diz que é de propósito e que o mesmo não deve acontecer nos próximos longas.

Ele já tem dois filmes em pós-produção: "The Tomb", com Stallone e estreia para setembro no Brasil, e "Ten", sobre combate a mafiosos de drogas e previsto para 2014.


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