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Theatro Municipal de SP anuncia novo diretor
Próximo de Juca Ferreira, gestor cultural José Luiz Herencia assume a direção administrativa
O gestor cultural José Luiz Herencia será o parceiro do maestro John Neschling à frente do Theatro Municipal de São Paulo.
Enquanto Neschling responderá pela direção artística da casa, Herencia fica com a direção administrativa.
O nome de Herencia enfrentava resistências políticas devido à sua proximidade com o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), em cuja gestão na secretaria de Estado da Cultura ele ocupou o cargo de coordenador de Fomento e Difusão.
Por outro lado, Herencia trabalhou com o atual secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, em Brasília, quando este era ministro da Cultura.
O ministério da Cultura apoiou a criação da Companhia Brasileira de Ópera de Neschling, em 2010; Herencia foi figura-chave neste processo e acabou se aproximando do maestro.
Herencia substitui Beatriz Franco do Amaral, que havia sido nomeada para a função em um dos últimos atos da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD).
Em conversa com a comissão de músicos do Teatro Municipal, Neschling buscou tranquilizá-los sobre os boatos de que chegou "com o chicote na mão" e de que vai "passar como um trator por cima de tudo".
O regente pediu "o tempo necessário para tomar pé de tudo e começar o trabalho com segurança e objetividade", e afirmou que não vai fazer testes nem demissões.
Neschling disse que, antes de exigir dos músicos, precisa dar condições dignas de trabalho e respeito.
O regente avalia que a OSM (Orquestra Sinfônica Municipal) está em estado melhor do que aquele em ele encontrou a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) em 1997, quando começou ali um grande trabalho de reformulação.
Ele vai receber R$ 50 mil mensais e prometeu a Juca transformar a OSM, em dois anos, na melhor orquestra do hemisfério Sul.