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"Sou o garoto do pôster vivendo uma mentira", diz Ryan Gosling

Ator canadense ironiza a própria fama e afirma que ser galã de Hollywood é uma imagem "toda errada"

Acostumado a viver tipos esquisitões, ele volta a interpretar um bom-moço no filme "Caça aos Gângsteres"

FERNANDA EZABELLA DE LOS ANGELES

Mesmo depois de fazer um judeu neonazista ("Tolerância Zero", 2001) e dois assassinos psicóticos ("Cálculo Mortal", 2002, "O Mundo de Leland", 2003), o ator canadense Ryan Gosling conseguiu virar "galã de Hollywood", uma imagem que ele acha "toda errada".

"Mas não reclamo. Sou o garoto do pôster vivendo uma mentira", ele diz, antes de contar uma história sobre a avó de um amigo.

"É uma das coisas mais sexy que já vi uma mulher fazendo. Ela embebedava a lagosta com vodca antes de fervê-la na panela para não sentir o baque. Eu me sinto como a lagosta e a velhinha ao mesmo tempo. Eu me coloquei nesta situação."

Gosling passou a ser considerado para filmes românticos após o sucesso de "Diário de uma Paixão" (2004), de Nick Cassavetes.

"Fiquei chocado quando ele me chamou porque até então só tinha feito esquisitões. Mas Nick me quis justamente por não ser o bonitão óbvio", contou de longas com "Amor a Toda Prova" (2011)

"E depois comecei a ser considerado para estes papéis românticos. Rolou uma lavagem cerebral."

Em "Caça aos Gângsteres", que estreou na sexta-feira no Brasil, ele volta a fazer um "galã", num filme de época que dá mais sentido à palavra.

De chapéu Fedora e fumando muitos cigarros, ele faz um dos policiais disfarçados que tentam derrubar um mafioso forasteiro (Sean Penn). Ao mesmo tempo, seu personagem tenta roubar a namorada (Emma Stone) do chefão do crime.

O longa se passa na Los Angeles dos anos 40 e deu tratamento de luxo aos locais mais icônicos da cidade, como o letreiro de Hollywood, o bairro chinês e os clubes noturnos.

"Foi o mais perto que cheguei de viagem no tempo. Foi como 'Meia-Noite em Paris'", disse o ator de 32 anos, citando a obra de Woody Allen.

Em seu próximo trabalho, ele repete a parceria com o diretor de "Drive" (2011), Nicolas Winding Refn, e literalmente destrói a fama de bom-moço: o pôster do filme "Only God Forgives" traz Gosling com a cara toda ensanguentada.

"Fiquei quatro meses treinando muay thai [boxe tailandês] e na primeira cena ficou claro que era ridículo um branco chegar à Tailândia e detonar no muay thai", relembra ele. "Então o diretor resolveu que eu apanharia o filme todo. E assim foi."


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