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Filme com Matt Damon levanta discussão sobre extração de gás

Decepção nas bilheterias americanas, "Promised Land" estreou ontem no Festival de Berlim

O longa conta a história de um homem a serviço de uma grande empresa em busca de lucro em cima de fazendeiros

RODRIGO SALEM ENVIADO ESPECIAL A BERLIM

O primeiro filme em competição dos Estados Unidos no 63º Festival de Cinema de Berlim repetiu tendência antecipada em 2012: a obsessão de Hollywood pelo cidadão interiorano, "dono" dos valores morais em um momento de crise no país.

"Promised Land" ("Terra Prometida"), exibido ontem, traz Gus Van Sant dirigindo um argumento concebido pelo escritor Dave Eggers e roteirizado por Matt Damon e John Krasinski ("The Office"), que também o protagonizam.

O filme conta a história do homem mau (Damon, a serviço de uma grande empresa de exploração de gás natural) em busca de lucro em cima do pobre homem de bem, representado pelos habitantes de uma cidade do interior.

"Queria fazer um longa sobre a identidade americana, entender onde estamos neste momento e o futuro de nossa comunidade", disse Damon.

A discussão levantada pelo longa é sobre os malefícios provocados pela técnica de extração conhecida como "fracking", que pode poluir nascentes e dizimar plantações. O personagem de Damon vai de porta em porta oferecendo US$ 5.000 e uma porcentagem nos lucros pelos direitos de explorar terras de fazendeiros humildes.

"O assunto divide opiniões radicalmente", afirmou Damon. "Alguns, quando souberam que estávamos fazendo um filme sobre 'fracking', diziam que não poderíamos falar mal, porque o dinheiro salvaria suas vidas. Outra metade dizia que não há nada de bom sobre a perfuração."

O longa foi um fracasso retumbante nos EUA. Com um orçamento pequeno, em torno de US$ 18 milhões, ele rendeu US$ 7 milhões e saiu de cartaz em três semanas.

"O filme não teve a recepção que eu esperava. Esperava que as empresas de gás natural nos atacassem, mas o maior ataque que tivemos foi dos críticos", disse Damon.


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