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"Tropa 2" é o líder entre filmes reprisados

DE SÃO PAULO

O bordão "pede pra sair!", de "Tropa de Elite", foi ouvido à exaustão nos últimos quatro meses na TV paga.

Levantamento realizado pela Folha entre 2 de setembro, quando entrou em vigor a lei que regulamenta a TV por assinatura, e 31 de janeiro apontou o filme de José Padilha de 2007 e a sua continuação, de 2010, como os campeões de reprises em horários de cumprimento da cota de exibição de produção nacional.

"Tropa 1" foi exibido 19 vezes, em canais como Space e TNT, ambos do grupo Turner. Enquanto isso, "Tropa 2" foi reprisado 23 vezes, no Telecine Action e no Megapix.

A medição levou em conta as exibições de longas nacionais no horário nobre estipulado pela legislação -das 18h à 0h, para canais adultos, e das 11h às 14h e das 17h às 21h, para emissoras infantis.

Há ainda casos de filmes, como "Deus É Brasileiro" (2003), que, em quatro meses, apareceu em horários propícios para cumprir a cota de produção nacional em canais como AXN e Sony, do grupo Sony, Canal Brasil, da Globosat, e Fox, da Fox Channels International.

Jorge Furtado, diretor de "Saneamento Básico, o Filme" (2007) e "O Homem que Copiava" (2003), diz já ter se deparado com filmes seus "exibidos quase que simultaneamente por redes fechadas concorrentes".

Os contratos de longas na TV paga preveem exibição ilimitada por um período entre um e três anos.

A lei 12.485/2011 deixou em aberto a possibilidade de penalização das emissoras pagas pelo excesso de reprises.

"Ainda não identificamos uma anomalia. É uma fase de adaptação do mercado", diz Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine.

Procurados pela Folha, executivos afirmaram, sob a condição de anonimato, que as reprises irão continuar. Eles alegam dificuldades de financiamento e produção de novos programas.

Isso não os eximirá de ter de se adequar à nova lei da TV paga, que tende a fechar o cerco ainda mais.

A partir de 13 de setembro de 2015, metade dos conteúdos audiovisuais brasileiros (inclusive independentes) exibidos pela TV paga deverá ter sido produzida nos sete anos anteriores à veiculação.


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