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Crítica fantasia

Longa foge do modelo tradicional destinado a plateias adolescentes

SÉRGIO RIZZO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Personagens que leem Kurt Vonnegut Jr. ("Matadouro 5") e Charles Bukowski ("O Amor é um Cão dos Diabos"), que conversam sobre livros e que reconhecem a importância da literatura nas suas vidas? Em um filme sobre adolescentes?

Alguém faria a gentileza de me beliscar? "Dezesseis Luas" não se parece com o tradicional combo de cinema "teen" que junta romance, fantasia, personagens sobrenaturais e atores bonitinhos.

É isso tudo também, de olho no imenso público que curte o gênero -como o êxito de "Crespúsculo" demonstra. Mas, quase subversivo, "Dezesseis Luas" vai além, ao sugerir que a arte alimenta mentes rebeldes.

E, se a arte faz isso, deve ser combatida. É o que pensa a ultraconservadora população da cidade onde vive Ethan (Alden Ehrenreich, de "Tetro", de Francis Coppola).

Nesse fim de mundo do qual só não escapam os medíocres ou covardes, a comunidade decide quais autores podem ser lidos.

ROMEU E JULIETA

Ethan não cabe nesse lugar atrasado, de gente aborrecida. Como ainda não tem idade para pular fora, a porta de fuga são livros. Até que uma aluna nova surge e... uau!

A moça é Lena (Alice Englert, atriz novata em ascensão), que pertence a uma família malvista na cidade, de supostos adoradores de Satã. Seria apenas um exagero reacionário contra qualquer um que pense por conta própria?

Na segunda parte da história, descobrimos quem é Lena e por que seu tio recluso (Jeremy Irons) tem tantos desafetos. O sobrenatural entra em cena e "Dezesseis Luas" se atrapalha com a necessidade de dar informações.

Essa dificuldade ajuda a entender por que o filme não estreou bem nos EUA, com uma arrecadação modesta para as expectativas.

O que pode ser injusto com os simpáticos Ethan e Lena, mas é castigo merecido para a cafonice de Irons e os exageros de Emma Thompson (como a líder religiosa local).


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