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"Argo" segue agenda política dos EUA e distorce a história, diz Irã

SAMY ADGHIRNI DE TEERÃ

O Irã criticou ontem a decisão de premiar "Argo" com o Oscar de melhor filme e disse que a escolha da primeira-dama americana, Michelle Obama, para anunciar a vitória prova que Hollywood segue uma agenda política.

"Esteticamente, o filme é muito pobre, e de qualquer maneira não esperamos outra coisa por parte do inimigo", disse o ministro da Cultura e Orientação Islâmica, Mohammad Hosseini.

"[Os EUA] usaram o filme contra nós, mas isso só aumenta nossa determinação em fazer filmes mais fortes em resposta", disse Hosseini.

O ministro se referia à decisão de Teerã, anunciada em janeiro, de financiar uma produção para divulgar a visão oficial iraniana da tomada de reféns na embaixada, que levou EUA e Irã à ruptura -tema central do filme "Argo".

A mídia pró-regime ecoou a hostilidade do governo. As agências Mehr e Fars disseram que a Academia só recorreu a Michelle Obama por se tratar de um "filme anti-Irã".

A avaliação foi corroborada pelo ator iraniano Homayoun Ershadi, de "A Hora Mais Escura" (2012).

"Filmes estrangeiros sobre o Irã estão sempre ligados a interesses políticos, em vez de aproximar [o público ocidental] à nação iraniana."

Um dos motivos de irritação das autoridades foi o discurso de vitória do diretor e ator Ben Affleck, no qual disse que "os iranianos vivem sob circunstâncias terríveis". Segundo a agência Mehr, Affleck "distorceu a história e continua mostrando uma imagem sombria do Irã".

Embora banido na república islâmica, "Argo" pode ser facilmente comprado no comércio de DVDs piratas. O filme faz sucesso entre jovens, mas é criticado por pessoas que vivenciaram a Revolução Islâmica de 1979 por simplificar a queda do regime pró-EUA do xá Reza Pahlevi.


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