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Ex "da Rima", Rael lança disco com mistura de estilos

Álbum, que tem participação de Mariana Aydar, Emicida e Péricles, foi produzido por dupla norte-americana

DE SÃO PAULO

Sem se esquecer de onde vieram, artistas do rap mantêm consigo uma postura gregária e generosa. Aos 30 anos, Rael não foge da média.

Cria do Grajaú -mesmo berço de Criolo, com quem apresentava a Rinha dos MCs há seis anos-, ele agradece pelas influências de seu pai, sanfoneiro e amante da música brasileira, com especial devoção ao choro e a Luiz Gonzaga, de seu irmão mais velho e de sua mãe.

Mas também não deixa de mandar um "salve" a seu ex-chefe na Subprefeitura de Pinheiros, onde ficou de 2006 a 2008, por ter lhe incentivado a seguir na música.

Não à toa, o tributo ao ex-patrão aparece logo no título de seu novo disco, "Ainda Bem que Eu Segui as Batidas do Meu Coração" (Laboratório Fantasma, R$ 15), que ele lança no dia 28 deste mês em show no Sesc Vila Mariana.

A apresentação contará com as participações de Emicida, dono do Laboratório Fantasma, selo que agencia Rael, Rodrigo Ogi e a banda Mão de Oito, e Paulo M.Sário, parceiro dos tempos de Pentágono, grupo de rap criado no começo dos anos 2000.

Gravado em 2012, o disco contou com a produção de Beatnick e K-Salaam, que trabalham com Lauryn Hill e também assinaram "Doozicabraba e a Revolução Silenciosa", de Emicida.

A dupla de americanos veio ao Brasil e produziu 14 faixas do disco de Rael, incluindo "Coração", parceria do MC com Mariana Aydar lançada recentemente.

"Achei melhor trampar com eles aqui. Se fosse nos Estados Unidos, a Lauryn ia roubar os caras", brinca o músico, que antes atendia pelo nome de Rael da Rima.

O codinome foi deixado de lado porque dava a entender que o forte de Rael era o "freestyle" (rimas de improviso), que nunca foi sua onda. Aliás, a praia de Rael sempre foi a composição de um rap sem fronteiras, mesclado com reggae, samba e outros gêneros.

Nesta linha, encaixa-se a faixa "Oyá", produzida por Doni Jr. e por Rael. O samba, que conta com participação de Emicida e de Péricles (ex-Exaltasamba) nos vocais, foi pinçado de um repertório afetivo de Rael: a gravação feita nos anos 1990 pelo grupo de pagode Sensação.

"Além da influência dos grupos de rap, basicamente dos Racionais, ouvi muito esses grupos de samba e muita música americana", diz Rael.

Representante de uma geração livre de preconceitos, o MC manda seus recados vestindo o ritmo e a poesia do rap com uma sonoridade extremamente rica, com banda.

No caldeirão de estilos de seu álbum, destaque para faixas como "Quizumba" (com roupagem eletrônica), "Leão de Judah" e o reggae "Ela Me Faz", lançada em 2011 e que ganhou nova gravação.


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