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Djavan abre turnê em SP com reunião de velhos colegas

Em show com ingressos esgotados para dois dos três dias, músico revê banda com que tocou nos anos 1990

Nos últimos dias, cantor compôs parceria com Zeca Pagodinho; música deve entrar no novo disco de Alcione

RODRIGO LEVINO EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”

Foi ouvindo uma canção sua no rádio, do disco "Coisa de Acender", de 1992, que Djavan quis tocar novamente com velhos companheiros, com quem já havia gravado trabalhos importantes da carreira, como "Malásia" (1996) e "Bicho Solto" (1998).

Desses discos saíram grandes sucessos como "Linha do Equador", "Se" e "Eu Te Devoro", além de uma delicada regravação de "Correnteza", de Tom Jobim e Luiz Bonfá.

E é com o "núcleo duro" do tal grupo de músicos (Carlos Bala, bateria; Paulo Calasans, teclado; Torcuato Mariano, guitarra; entre outros) que ele abre amanhã o braço paulistano da turnê de "Rua dos Amores", disco que lançou no ano passado.

"Eu tive saudade daquela sonoridade, sabe? E daí fiz os primeiros convites, todo o mundo aceitou euforicamente", disse ele à Folha.

Para se enfurnar no estúdio com a "nova" banda, teve de dispensar a que excursionava com ele desde "Milagreiro" (2001), que incluía seus dois filhos, João (bateria) e Max Viana (guitarra).

"Olha, não foi fácil", diz ele rindo, "mas eles estão acostumados a essa efemeridade. O período em que tocamos juntos foi parte do processo, que na minha carreira é intermitente, de me atualizar, entender o que está rolando."

Há de fato uma quebra de sonoridade entre os discos gravados com as duas bandas. Também é verdade que "Milagreiro", cujos arranjos se concentram num "power trio" de guitarra, baixo e bateria, trouxe uma lufada de jovialidade ao compositor.

REARRANJO

Voltar aos braços dos velhos amigos, no entanto, não significou para Djavan o retorno a algo batido, passado.

"Tirando as sete canções do novo disco que canto no show, todas as outras [só sucessos] ganharam novos arranjos. Isso mantém a criatividade do grupo afiada."

Nos últimos dias, entre ensaios e shows da turnê, ele também pôs um pezinho no samba, gênero que o consagrou no final dos anos 1970, quando "Flor de Lis" estourou nas rádios do país. Compôs com Zeca Pagodinho a música "Êh, êh".

Depois de um encontro rápido em um aeroporto, Zeca mandou a letra, Djavan fez a melodia. Resultado: a faixa será gravada no próximo disco da cantora Alcione. "Acho que ela vai deitar e rolar".

A abertura dos shows em São Paulo na sexta e no sábado, ambos com ingressos já esgotados, será da cantora paulistana Anelis Assumpção.

"Foi uma bela descoberta. Recebi o disco dela e gostei demais. Fui pesquisar, ouvir mais coisas a respeito e a convidei para abrir o show."

O interesse por coisas novas -e novos nomes da música brasileira-, ainda mais na época em que a internet catalisa a gigantesca produção de música pop, o fez, segundo ele, ainda mais dedicado e seletivo. "São novos tempos, sem nostalgia."

RUA DOS AMORES
QUANDO amanhã, sexta e sábado, às 21h30 (amanhã) e 22h (sexta e sábado - abertura com Anelis Assumpção, às 21h); ingressos esgotados para os dois últimos dias
ONDE Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955; tel.: 0/xx/11/4003-5588)
QUANTO de R$ 70 a R$ 250
CLASSIFICAÇÃO 14 anos


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