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Percussionista Sammy Figueroa faz seu primeiro show no Brasil

Músico, que já tocou com Chet Baker, Quincy Jones, George Benson e David Bowie, se apresenta hoje em SP

Americano participou de dez discos do jazzista Miles Davis entre os anos 1960 e 1970; "Ele foi como meu pai", diz

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”

Em 2011, o percussionista Sammy Figueroa participava da turnê dos 80 anos de uma lenda viva do jazz, o saxofonista americano Sonny Rollins, em grandes teatros do mundo. Hoje, ele sobe ao palco da casa Bourbon Street, em São Paulo, para tocar com a cantora brasileira Glaucia Nasser, que desponta como talento da nova MPB.

Nos dois eventos, o mesmo entusiasmo desse americano falante que, aos 63 anos, tem uma lista sensacional de serviços prestados à música.

Figueroa já tocou, entre muitos e muitos outros, com Miles Davis, Chet Baker, Quincy Jones, George Benson, David Bowie, Mick Jagger, Aretha Franklin, Roberta Flack, John McLaughlin, Joe Cocker, Celine Dion, Whitney Houston e Mariah Carey.

Tantos encontros vão render um livro de memórias. "Vou começar a ditar histórias assim que voltar do Brasil para cá", diz Figueroa à Folha, por telefone, de Miami.

Inserir percussão em discos de artistas tão diferentes dá trabalho? "O conselho que dou aos jovens que estão começando na música é para que escutem discos, muitos discos, todos. Jazz, samba, música italiana."

Com essa fórmula, ele agradou a tantos músicos e, particularmente, a Miles Davis. Ele conviveu nos estúdios com o trompetista, após um encontro cômico.

Figueroa foi acordado duas vezes na mesma madrugada por uma pessoa que dizia ser Miles Davis e gostaria que ele fosse encontrá-lo em um estúdio imediatamente. "Desliguei o telefone, tinha certeza de que era um trote."

Minutos depois, o produtor Teo Macero, que o conhecia, ligou e o repreendeu por ter batido duas vezes o telefone na cara do trompetista.

"Fui para o estúdio. Estava nervoso, ia conhecer Miles Davis. Ele me olhou, comecei a pedir desculpas pelos telefonemas. Aí ele me deu um soco forte no estômago, bem forte mesmo. Caí no chão. Ele me levantou, me abraçou e disse 'Eu amo você'", conta Figueroa, às gargalhadas.

Os dois tocaram juntos em dez discos, entre os anos 1960 e 1970. "Ele foi como um melhor amigo, um pai. Todos os dias me chamava, ele ficava cozinhando, pintando quadros, em longas conversas."

Por isso Miles é sempre lembrado no programa de rádio que Figueroa comanda toda segunda-feira, das 11h às 12h ("Estou na liderança de audiência na Flórida"). Sem regras, toca de tudo.

Para saber qual é a música "pura" de Figueroa, é bom ouvir seus discos com sua empolgada banda, Latin Jazz Explosion: "Sammy Walked in" (2005), "Magician" (2007) e "Urban Nature" (2011).

Indagado sobre o que espera fazer no palco hoje, em seu primeiro show no Brasil, ele arrisca: "Talvez um jazz latino-afro-brasileiro com vocais. Que tal?".

GLAUCIA NASSER E SAMMY FIGUEROA AND HIS LATIN JAZZ EXPLOSION
QUANDO hoje, às 22h30
ONDE Bourbon Street (r. dos Chanés, 127, Moema; tel. 0/xx/11/5095-6100)
QUANTO R$ 40 (couvert)
CLASSIFICAÇÃO 18 anos


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