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Imóveis

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Obras de infraestrutura são trunfo de lançamentos longe do centro

Renda e crédito em alta impulsionam projetos para um público que se torna 'mais exigente'

Para professor da USP, alta no preço dos terrenos leva empresas a procurar áreas mais baratas na periferia

DE SÃO PAULO

Desde 2009, os subsídios do programa Minha Casa, Minha Vida funcionaram como estímulo para a construção de moradias em bairros nos extremos da cidade de São Paulo. Hoje, outros fatores ganham força.

Com terrenos mais baratos do que em áreas nobres, a periferia atrai incorporadoras que buscam atender à demanda de moradores com renda crescente. E a região dispõe de uma moeda que vale ouro para a indústria da construção: alto índice de estoque de outorga onerosa disponível.

Mediante pagamento à prefeitura, esse instrumento permite construir acima do limite básico permitido em cada distrito, o que não é mais possível em boa parte dos bairros mais nobres.

Com a perspectiva da instalação de equipamentos públicos e infraestrutura, o objetivo das empresas é atrair ou manter moradores que procuram imóveis de padrão mais elevado nesses bairros.

O farmacêutico Eduardo Policarpo, 26, mora em um apartamento em Itaquera, para o qual se mudou com a mulher em 2011. Ele já faz planos de ir para um outro no mesmo bairro, porém maior e com mais itens de lazer.

CRÉDITO

A expansão imobiliária na região melhora o perfil dos lançamentos, na avaliação de Leandro Caramel, superintendente da imobiliária Habitcasa. Segundo ele, com mais crédito disponível, preços em alta e crescente oferta de unidades, o consumidor passou a ser mais exigente.

De olho nesse mercado, a Kallas criou no mês passado a Kazzas, uma empresa para atuar exclusivamente no segmento econômico -de imóveis de até R$ 200 mil. A maior parte das mil unidades que a empresa prevê lançar no ano que vem será em Itaquera. O público-alvo, segundo Nicolau Sarquis, diretor da Kazzas, é o cliente "que está começando a vida, é universitário e busca o primeiro imóvel".

Para João da Rocha Lima Jr., do núcleo de mercado imobiliário da Poli-USP (Escola Politécnica da USP), a oferta na periferia tem a ver com preços. Para reduzir o impacto da valorização dos terrenos, as empresas passaram a buscar áreas mais baratas e a construir longe do centro.

INFRAESTRUTURA

No extremo da zona leste, estão previstos viadutos, avenidas, uma unidade de pronto-socorro no hospital Santa Marcelina e uma Fatec (Faculdade de Tecnologia) no entorno do Itaquerão. A previsão é que as obras sejam concluídas até 2014.

No setor privado, o shopping Metrô Itaquera, até o fim do ano que vem, deverá receber 170 novas lojas. Segundo o Metrô, o monotrilho da linha 15-prata chegará a São Mateus até o fim de 2014 e à Cidade Tiradentes, em 2016.

Na zona norte, está prevista a linha 16-laranja, que ligará Brasilândia a São Joaquim. As obras devem iniciar em 2014.


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