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Compra sem auxílio deve ser evitada por 'leigos'

Análise da documentação requer conhecimento em direito imobiliário

Imobiliárias cobram de 6% a 8% do valor do imóvel, gasto extra que geralmente é repassado para o preço do bem

DE SÃO PAULO

Comprar ou vender o imóvel sem contratar um advogado ou uma imobiliária que preste serviços jurídicos exige atenção extra, especialmente se a negociação for feita por quem não atua no ramo de direito imobiliário.

A ressalva ocorre porque, se a negociação não for bem-feita, a compra poderá trazer prejuízo futuro a quem adquiriu a moradia.

Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), sugere pedir o auxílio de um advogado de confiança que possa checar a documentação. "Se o comprador tiver um advogado bom, nem precisará de um corretor ou imobiliária para ajudar."

Uma das situações que requerem atenção redobrada é quando o vendedor é pessoa jurídica. Se ele está com pendências trabalhistas e colocou o imóvel como garantia de pagamento, por exemplo, o bem poderá ser penhorado, afirma a advogada Joanna Paes de Barros e Oliveira.

A assistente financeira Eliana dos Santos, 42, conta que tentou vender o apartamento, no ano passado, sem contratar uma imobiliária, mas não achou interessados. Assim, recorreu a um corretor, que conseguiu vendê-lo.

De acordo com ela, a imobiliária em que ele trabalhava analisou a documentação, e a venda ocorreu de forma segura. Como ponto negativo, Eliana ressalta a comissão que precisou pagar, de 6% do valor do imóvel. Normalmente, esse gasto é acrescentado no preço do bem.

Vencida essa etapa, era hora de comprar um apartamento. Nesse caso, não gastou dinheiro extra, pois o irmão do vendedor era advogado e fez o trabalho gratuitamente. Para não correr risco, ela só fechou o negócio após um colega de trabalho, familiarizado com transações imobiliárias, examinar se o processo estava correto.

"O corretor vai verificar a parte comercial. Já a análise jurídica fica para o advogado", diz o advogado Márcio Rachkorsky, colunista da Folha.

As imobiliárias costumam ter um departamento jurídico que cuida da documentação e elabora os contratos. O pagamento varia de 6% a 8% do valor do imóvel, mais as despesas com documentação. Já corretores autônomos costumam oferecer o serviço de aproximação de compra e venda, sem a parte jurídica.

"Há uma análise documental muito importante, em que se apura, entre outras coisas, se o imóvel tem ônus, débito e pendências com impostos e condomínios", afirma Roseli Hernandes, diretora da Lello Imóveis.


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