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Síndicos devem ter perfil conciliador

Independentemente de ser ou não morador do prédio, função exige também noções de administração e legislação

Remuneração do síndico "profissional" costuma variar entre R$ 30 e R$ 60 por apartamento

DANIEL VASQUES DE SÃO PAULO

Ter um síndico de fora na administração do condomínio não é garantia de que a gestão será melhor do que se a função estivesse sendo exercida por um morador.

A escolha tem vantagens e desvantagens, e especialistas divergem sobre o assunto. Eles ressaltam, porém, que o mais importante é o preparo do síndico, que pode ser bom ou ruim, não importa se ele vive ou não no condomínio.

Para escolher bem, uma dica é checar se ele tem noções de administração e legislação condominial e se é hábil nos relacionamentos.

"Ele não vai ficar na operação do dia a dia, é o cara de gestão. Tem de saber escutar o condômino e ter habilidade para cobrar a administradora e o zelador", diz Marcelo Mahtuk, diretor da administradora Manager.

Para Hubert Gebara, vice-presidente de administração imobiliária e condomínios do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), um condômino é melhor porque está mais presente no dia a dia.

Já Dostoiévscki Vieira, diretor-executivo da Pró Síndico, associação de síndicos que ministra cursos na área, diz que o profissional de fora, remunerado, é mais indicado em condomínios com mais de 50 unidades, que exigem mais dedicação.

Além disso, ele pode sofrer menos pressão emocional dos outros moradores porque não vive no prédio.

Segundo Ricardo Karpat, diretor da Gábor RH, que também oferta cursos de formação, a maioria dos alunos quer "dar um up" na carreira, como síndicos que moram no prédio e funcionários do condomínio.

Para Mahtuk, é preciso levar em conta que "não é só um curso com algumas horas que habilita alguém a ser um síndico profissional'".

REMUNERAÇÃO

Pagamentos para o síndico condômino são muito raros. Quando recebem algum benefício, o comum é a isenção da taxa condominial.

Para os síndicos "profissionais", a remuneração costuma ficar entre R$ 30 e R$ 60 por apartamento.

Angélica Arbex, gerente de relacionamento da Lello Condomínios, aponta que, nos novos edifícios, é comum o primeiro síndico ser de fora, para criar as bases de uma boa administração.

"O síndico profissional' tem um conhecimento específico e um compromisso claro de gestão e prestação de contas focada no planejamento financeiro."

Ronaldo de Oliveira, 35, morava em uma casa e não conhecia nada do dia a dia de um condomínio, mas, ao se casar, mudou para um com muitas dívidas. Virou síndico.

Renegociou contratos, alugou o topo do prédio para instalar uma antena, entrou com uma ação contra inadimplentes, entre outras ações. "Minha fama se espalhou e hoje atuo como síndico em vários condomínios."


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