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Dentro do armário

Mais comuns em imóveis a partir de 100 m², closets valorizam organização e privacidade; áreas menores podem ser adaptadas

PAULA CABRERA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Numa época em que apartamentos de menos de 30 m² são lançados, ter um closet em casa parece ser um luxo. Mas não necessariamente.

Segundo especialistas do setor imobiliário e arquitetos, o número de projetos de closets dobrou em São Paulo em dez anos e passou a ser um item quase obrigatório em plantas maiores.

Juliana Monteiro, diretora de incorporação da Odebrecht Organizações Imobiliárias, diz que a construtora tem apostado na oferta do closet em apartamentos a partir de 96 m² e que, naqueles com mais de 124 m², o espaço é indispensável.

Para o arquiteto Murilo Nogueira, não é preciso um "latifúndio" para ter um espaço particular para os armários. Na sua opinião, é possível ter um closet com medidas a partir de 1,60 m x 0,60 m, que custa entre R$ 3.000 e R$ 10 mil, de acordo com o tipo de material e acabamento escolhidos, considerando armários abertos que ocupam apenas uma ou duas paredes.

Em projetos de alto padrão, o preço pode variar de R$ 25 mil a R$ 30 mil, com duas paredes de três metros lineares.

Se o cliente preferir, também pode optar por portas de correr com espelhos, segundo a arquiteta Maria Di Pace. "É possível enxergar melhor a roupa e tem um custo benefício muito grande."

Flávio Prando, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), avalia que, com a correria do dia a dia, o closet ganha adeptos porque muitos casais conseguem assim manter a privacidade. "E quanto maior o closet, maior a valorização do imóvel", acrescenta.

Aparecido Viana, dono da Viana Negócios Imobiliários, construtora responsável por projetos para o público de alto padrão, afirma que apartamentos com closets custam cerca de 3% mais em relação ao preço de uma unidade sem o compartimento.

ORGANIZAÇÃO

A advogada Helena Bonilha, 48, diz que o closet foi a realização de um sonho. Só o espaço ocupa 20 m² do apartamento de 300 m² e tem porta exclusiva, que sai diretamente no banheiro.

"Levanto muito cedo e o closet permitiu que eu respeitasse o sono do meu marido. A organização também é maravilhosa. Tenho espaço para meus sapatos, minhas bolsas, muitos espelhos e um lugar iluminado", diz ela, que não desanimou nem mesmo com os 12 meses de obra.

Já a arquiteta Evelin Sayar, 45, abriu mão de um dos três quartos para ter dois closets em seu apartamento.

Ela usa a experiência pessoal para explicar a preferência pelo espaço: "Eu dividia o quarto e o armário com o meu irmão quando era solteira e sei como isso é confuso".

A partir da rotina de projetar closets para seus clientes, ela diz ser uma opção de quem gosta de organização e, principalmente, de "quem sabe o quanto é ruim não ter armários amplos".

VERSATILIDADE

E o projeto de um closet também não deve "engessar" o imóvel. Se o espaço for construído em um quarto e os donos quiserem retornar à planta original, os armários poderão ser reutilizados.

Foi o que ocorreu com o empresário Marcelo Gonçalves, 38. Ele e a mulher transformaram um dos quatro quartos do apartamento em closet. Com a chegada do terceiro filho, voltaram atrás.

"Contratamos a mesma marcenaria que montou o closet. Usamos parte do material no nosso quarto. No quarto do bebê, estamos fazendo uma adaptação: vamos tirar uma porta de um dos armários. Mesmo com o custo da mão de obra, compensa."

Marco Dal Maso, diretor da Aabic (Associação de Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo) diz que a versatilidade é fundamental no projeto de um closet. "Todo mundo quer uma casa arrumada, com armários espaçosos. Mas é bom não alterar tanto a planta, como remover janelas. Se for preciso, é possível desfazer."


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