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Ciberarquiteto

Business criativo

Design brasileiro só será competitivo quando os profissionais se dedicarem a gestão e planejamento

já vim diversas vezes para a Alemanha e me encanta a capacidade deste povo de fazer da criatividade um business sério e organizado, gerando renda e empregos.

Nesta semana ocorreu, em Munique, a terceira edição da "Munich Creative Business Week". E fui convidado para conferir como os alemães se reinventam a partir de altos investimentos na indústria criativa local.

Munique é uma cidade tradicional e rica, sede da indústria automobilística e de universidades renomadas. Pois, durante dez dias, a cidade abriga exposições e conferências e, com foco nos negócios, fábricas, showrooms e designers abrem as portas para a comunidade internacional.

No Museu BMW, projeto impressionante assinado pelos arquitetos do Coop Himmelblau, eu assisti à entrega do "IF Design Awards". Trata-se de um importante prêmio, que cobre categorias como design gráfico, automobilístico, web, produtos e interiores.

Vinte e cinco projetos brasileiros foram premiados este ano.

Foi inspiradora a visita ao ateliê de Stefan Diez, celebrado designer local, que cria para marcas como Thonet, HAY e Established & Sons.

Na contramão de modismos e do descarte, tão típicos do nosso tempo, ele prega que o bom design deve aliar alta tecnologia, preços acessíveis e um desenho atemporal.

Diez cita que o desenvolvimento de uma única estante pode levar até dois anos, por exemplo.

Na conversa com Edward Barber e Jay Osgerby, no lançamento de uma coleção de sofás para a marca Knoll, impressionou-me a clareza e a visão de negócios dessa dupla.

Não à toa, eles fundaram três empresas diferentes --para produtos, interiores e arquitetura--, assinando projetos em diversos países e impulsionando as vendas de marcas como Vitra, Flos e Cappellini.

Daqui da Bavaria, fica claro que o design brasileiro só será relevante e competitivo quando, além de aliar criatividade e bom desenho (isso nós já estamos aprendendo a fazer), os profissionais envolvidos nessa indústria também se aprofundarem em áreas como economia, processos de produção, gestão e planejamento.


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