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Imóveis

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Preço leva brasileiro a investir nos EUA

Além de adquirir imóvel para uso próprio, compradores veem mercado americano como opção de rendimento

Setor imobiliário se recupera no país, mas residências estão 7,6% mais baratas do que no no pico antes da crise

DE SÃO PAULO

Apesar de o real ter se desvalorizado perante o dólar (comparando com o período da crise americana), o interesse dos brasileiros pelo mercado imobiliário dos EUA permanece alto.

E, com preços em recuperação, torna-se mais frequente a presença de investidores. No Brasil, em vez disso, a tendência é de acomodação, o que afugenta quem busca rentabilidade.

Craig Studicky, diretor da ISG World, empresa de assessoria imobiliária, ressalta que cerca de 20% dos brasileiros que adquiriram imóveis em Miami em 2013 o fizeram por investimento, o que, segundo ele, não ocorria em 2009.

O médico Luiz Carlos, 59, comprou um imóvel na Flórida que estava sendo retomado de um cliente pelo banco. Um ano depois, vendeu-o com lucro de 30%.

Já em Nova York, a liquidez é o que chama atenção de investidores. "O que se lança lá é logo vendido, por causa da percepção de que a cidade é um porto-seguro", diz Basilio Jafet, da Fiabci Brasil.

No caso de quem financia o imóvel, a variação cambial deve ser levada em conta. Por isso, informar-se sobre as perspectivas para as moedas estrangeiras ajuda no planejamento financeiro.

Cassio Faccin, da consultoria Faccin Investimentos, recomenda que quem comprou um imóvel financiado abra conta bancária nos EUA.

Com isso, na remessa de valores ao exterior, segundo ele, incidirá uma alíquota de 0,38%, não de 6,38%, como ocorreria sem a conta.

Mesmo com a recuperação desde 2011, o índice de valores das residências nos EUA é 7,6% menor do que no pico de preços, em abril de 2007, segundo a FHFA (Agência Federal de Financiamento Imobiliário, na sigla em inglês).

No Brasil, a realidade é bem diferente. O Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados, que mede o preço em 11 regiões metropolitanas e é calculado pelo Banco Central, acumula alta de 204% nesse período.

SEGURANÇA

Leo Ickowicz, proprietário da consultoria Elite, conta que nos últimos meses aumentou também o número dos que adquirem um imóvel para morar nos EUA.

Quem compra para passeio ou emigração, além dos preços, normalmente ressalta a boa infraestrutura e a segurança maior como fatores decisivos para fechar o negócio.

A tabeliã Mônica Ferreira comprou um apartamento em Miami para ir eventualmente. Ela já tem uma casa em Orlando. "A Flórida é um lugar superseguro. No Brasil, meu carro é blindado. O que tenho nos EUA não é."

Na Europa, Portugal e Espanha, com preços depreciados, são os mercados preferidos dos brasileiros. Um chamariz é obtenção de visto de residência para quem comprar imóveis a partir de € 500 mil (R$ 1,6 milhão).

Na América do Sul, o destino principal é Punta del Este, no Uruguai. No balneário, brasileiros costumam usar a casa em parte do ano e alugá-la no restante.


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