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Ciberarquiteto

Os espaços e os bits

Ambientes feitos de paredes estáticas, com funções estanques e predefinidas, estão com os dias contados

O teórico norte-americano Douglas Rushkoff, conhecido por sua ligação com a cultura "cyberpunk", criou o termo "screenagers" em um livro publicado em 1996, em referência ao termo "teenagers" (adolescentes).

Ele descreve a nova geração, que já nasce em um meio interativo. Os "screenagers" não se contentam em admirar as telas, eles querem experimentá-las -ao contrário das gerações anteriores, que assimilavam seus conteúdos passivamente.

Antes dos "screenagers", encontrava-se uma geração muito especial: a que vivenciou a passagem dos meios analógicos para os digitais. Foram crianças que viram TV em preto e branco, filmes em formato VHS (eu me lembro da minha alegria no Natal de 1988 quando assistimos em nosso Panasonic G8 ao filme "Indiana Jones"), jogaram Atari com controle de dois botões e viram o surgimento da música compartilhada no Napster e a revolução das redes sociais no ICQ.

Esse homem imerso em bits e pixels está dotado de uma nova subjetividade. Ao contrário da cultura de massa, a digital caracteriza-se pela bidirecionalidade da informação. Todos podem ser criativos usando filtros do Instagram e compartilhando os conteúdos que produzem no YouTube e Flickr, por exemplo. Tornamo-nos assim editores, montadores, fotógrafos, diretores e atores de nossas novelas.

Como isso impacta nosso habitat? Em tudo. Uma aposta? Ambientes feitos de paredes estáticas, com funções estanques e predefinidas estão com os dias contados.

Esse novo homem não se contentará em contemplá-los. O desejo de interagir e customizar o mundo faz parte da natureza humana. Somos e seremos mais estimulados a explorar o lado criativo. A evolução da tecnologia permitirá interações nas esferas física e virtual, em um mundo híbrido (átomos e bits) coalhado de sensores que captam a todo tempo nossos desejos e necessidades. Seremos todos designers de nossos próprios ambientes.


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