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Compacto de luxo

Cresce a oferta de apartamentos pequenos de alto padrão, que atraem de jovens profissionais a investidores

DANIEL VASQUES DE SÃO PAULO

Quem disse que luxo é prerrogativa de apartamento grande? Para atender a uma demanda farta em São Paulo, a de jovens profissionais em boa situação financeira, crescem os lançamentos de apartamentos compactos de alto padrão.

Em geral, esses imóveis têm de 30 metros quadrados a 55 metros quadrados, são em formato estúdio (sem paredes internas) e oferecem serviços de arrumação básica, estacionamento com manobrista e, em alguns casos, posto de recarga para carros elétricos, recursos que costumam ser cobrados à parte da taxa condominial.

Para ficar com cara de hotel, um "concierge" e uma secretária trilíngue também podem fazer parte do pacote.

Em bairros nobres como Vila Madalena, Brooklin, Itaim Bibi, Vila Olímpia e Jardim Anália Franco, os compactos de alto padrão viraram nicho para investidores.

No Living Design Vila Madalena, 80% das unidades vendidas tiveram esse destino, segundo Guilherme Rossi, dono da incorporadora GR Properties. O empreendimento oferece limpeza das unidades, costura, sapataria, lavanderia, personal trainer, bufê, massagista e manicure.

Por um apartamento de 34 metros quadrados no condomínio, o administrador Marcio Prado, 36, pagou em torno de R$ 400 mil (cerca de R$ 12.000 por metro quadrado). Ele diz ter "pago caro", mas planeja recuperar o investimento alugando o imóvel. Se já estivesse pronto, afirma que pediria R$ 3.500 por mês.

"É num desses que um garoto de 22 anos quer morar; se não pode comprar, aluga."

Cyro Naufel, da imobiliária Lopes, atribui o alto percentual de investidores à boa localização dos edifícios e à dificuldade de encontrar aplicação de renda fixa com bom retorno, em cenário de Selic (taxa básica de juros) a 7,25%, menor nível histórico.

Alugando o imóvel mais à frente, Naufel diz que o proprietário visa a garantir o pagamento da prestação com o rendimento do aluguel.

O presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Octavio de Lazari Junior, vê com entusiasmo o segmento para quem investe: "O preço de morar nessa ilhas de prosperidade é elevado, e por isso há um grande índice de investidores".


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