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Imóveis

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Área útil menor faz apartamento ser indicado a solteiros

Imóvel sai mais barato que os de padrão elevado maiores, mas o valor do metro quadrado é parecido

Cresce a venda de unidades de até 45 m²; ampla oferta de serviços busca compensar o espaço reduzido

DE SÃO PAULO

A administradora de empresas Carin Betania Burin, 37, já comprou dois imóveis compactos de alto padrão um em Curitiba e outro na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo). Mas diz que não moraria em nenhum deles.

"O acabamento é ótimo e a localização, também. Mas prefiro continuar no meu apartamento de 89 metros quadrados", diz a investidora.

Segundo Joe Khzouz, CEO da incorporadora BKO, imóveis menores, mesmo com elevado número de serviços, são mais afinados com jovens solteiros ou casais sem filhos.

Para compensar a falta de espaço na unidade, o condomínio oferece serviços como lavanderia e diferentes tipos de espaços para confraternizações (ver quadro ao lado).

Apesar de não agradar a quem busca um imóvel grande, o tamanho de um apartamento compacto é um dos responsáveis pelo preço total mais baixo, em relação a outros de padrão elevado.

A diferença ocorre devido ao tamanho, não por diferença no valor do metro quadrado, em geral, a partir de R$ 10 mil. Comparando um de 35 metros quadrados com outro de 220 metros quadrados nessa faixa, a diferença é de R$ 1,85 milhão.

VENDAS

De acordo com o Secovi-SP (sindicato da habitação), com base em dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), imóveis residenciais com menos de 45 metros quadrados representavam 8% das vendas em 2009 na cidade de São Paulo.

Em 2012, até novembro (dado mais recente), ficou em 14% - alta de seis pontos percentuais no período. A participação também cresceu nos lançamentos e foi de 10% em 2009 para 16%.

Considerando apenas novembro de 2012, o percentual é ainda mais expressivo: 34% dos lançamentos e 24% das vendas.

"Em Alphaville, vendemos um empreendimento muito mal em 2010. Com um compacto, ocorreu o contrário, e esgotamos 180 unidades em um único dia", diz Khzouz, da BKO.

Elbio Fernández Mera, vice-presidente de comercialização e marketing do Secovi-SP, observa que a tendência em grandes cidades como Paris e Nova York é de apartamentos compactos para jovens solteiros ou para quem busca morar perto do trabalho. "São Paulo está indo nesse caminho", completa.

Marcelo Dzik, diretor de incorporação da Even, que lançou no mês passado o London SP Residence (na Consolação), com esse perfil, descarta excesso de oferta. "Esse tipo de produto não existia em bairros nobres."

Para Eliane Monetti, professora e pesquisadora do núcleo de "real estate" (mercado imobiliário) da Poli-USP, o fato de haver muito investidores tende a fazer o preço desse tipo de apartamento subir.


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