Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Imóveis

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

MODO DE USAR

Arquiteto

Busca por qualidade e melhor aproveitamento dos espaços projeta atuação de arquitetos, ainda um tanto estigmatizados pelo preço

ERIN MIZUTA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O trabalho de arquitetos está por toda parte: em revistas, TVs, restaurantes, shoppings e lojas de decoração. Mas, proporcionalmente, muito menos nas casas das pessoas. A atividade ainda sofre o estigma de "serviço caro" e "para poucos".

A média do custo de um arquiteto gira em torno dos 5% do valor da obra -o modelo mais usual-, mas pode variar de 3% a 30%. Há profissionais que cobram por hora, no caso de vistoriar uma obra ou acompanhar o cliente a uma loja de lustres, por exemplo.

Sintia, 32, e Daniel Braga, 37, ambos publicitários, queriam acrescentar modernidade à casa em estilo suíço e entregaram a tarefa ao arquiteto Gerson Dutra de Sá. Cerca de 7% do valor da reforma ficou para o arquiteto -que cobra, em média, 10%.

Daniel acompanhava o cronograma -seguido à risca- e visitava o local a cada dez ou 15 dias. Segundo ele, o custo assusta, mas há benefícios.

"Mesmo limitando o valor a ser gasto, o arquiteto traz soluções novas. E a valorização da casa é o que faz a diferença", avalia.

Segundo Gerson Dutra de Sá, a obra em um imóvel novo, que ainda não tenha piso, por exemplo, custa, em média, R$ 3.000 o metro quadrado. Já uma reforma fica em torno de R$ 2.000 o metro quadrado. O preço inclui desde mão de obra a material e eletrodomésticos.

"Muita gente acha caro, mas é muito difícil reduzir. Somente o trabalho de marcenaria chega a custar R$ 1.000 o metro quadrado", conta o arquiteto, que já fez obras de 35 metros quadrados a 1.400 metros quadrados.

Melhor aproveitamento e funcionalidade dos espaços, mobilidade, normas técnicas, insolação e ventilação são alguns aspectos considerados pelo arquiteto. Ele pode, além de criar a solução, gerenciar a obra (ou indicar profissionais de confiança para isso).

No projeto, uma garantia do que foi acordado, o profissional especifica materiais, aspectos técnicos e estéticos, prazos e gastos. Somente pelo projeto, por exemplo, o decorador Marcel Steiner cobra de R$ 60 a R$ 120 o metro quadrado e Sá, de R$ 100 a 120 o metro quadrado.

Em busca de um apartamento com qualidade, Lilian, 32, anestesiologista, e Alex Martins, 34, piloto, investiram o correspondente a 10% do valor do imóvel na decoração. O casal aponta o bom aproveitamento dos 90 metros quadrados, com a criação de três ambientes na sala, como um ponto forte.

"É um espaço que eu achava que não tinha. O apartamento é diferente de outros que vi no prédio", diz Lilian.

A execução do projeto foi delegada a um empreiteiro, indicado pela arquiteta, e problemas com a mão de obra acarretaram um atraso de quatro meses.

Para Marcel Steiner, a maior dificuldade é o cliente querer que o arquiteto transforme sonho em realidade. "Contra frustrações, especifique desejos, exigências e faça orçamentos dentro do possível", aconselha.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página