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Queda de preço entra no cenário de 2013

Entidades e empresas apostam em alta de 5% a 10%, mas especialista prevê queda no valor dos imóveis novos

Desaceleração de preços iniciada em 2011 persiste, e lançamentos fecham o ano passado 10,5% mais caros

DANIEL VASQUES DE SÃO PAULO

Quem pretende comprar um imóvel novo na cidade de São Paulo e anda assustado com os preços deverá ter um alívio em 2013, segundo profissionais do setor imobiliário.

A aposta de boa parte do mercado é que o valor do metro quadrado cresça de 5% a 10% em relação a 2012. Se a previsão se confirmar, será mais um capítulo na desaceleração dos preços. E já há quem fale em queda.

Após a alta de 33,5% em 2010, os reajustes vêm perdendo força. Cresceram 26,3% em 2011 e fecharam 2012 com alta de 10,5%, segundo dados preliminares da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).

O número de lançamentos diminuiu 27% no ano passado. Foram 27.835 unidades novas, ante as cerca de 38 mil em 2010 e em 2011.

PIB fraco, dificuldade de aprovação de projetos na prefeitura e "arrumação" diante de um mercado com excesso de lançamentos em anos anteriores são algumas razões apresentadas por incorporadoras e entidades do mercado imobiliário para explicar os números de 2012.

Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (sindicato das empresas do setor), ressalta que, após um grande número de unidades vendidas e lançadas em 2010, as incorporadoras se prepararam para um desempenho parecido em 2011. Como as vendas diminuíram na ocasião, o estoque cresceu, o que, segundo Petrucci, levou as empresas a lançar menos unidades em 2012 como forma de ajustar a oferta à demanda.

MAIS BARATO

Luiz Paulo Pompéia, presidente da Embraesp, diz que em 2013 o setor terá comportamento semelhante ao do ano passado, exceto pelos preços. Para ele, na contramão do que prevê o mercado, haverá redução de 5% a 10% no valor do metro quadrado, com retomada de alta dos preços no ano que vem.

O Secovi-SP projeta expansão de 5% nas vendas e de 10% nos lançamentos. "Nos preços deve haver crescimento de 5% a 10%, acompanhando os custos de insumos e de mão de obra", diz Celso Petrucci, economista-chefe do sindicato.

Eliane Monetti, professora e pesquisadora do núcleo de "real estate" da Poli, vai na mesma linha e prevê que os preços sigam os custos de construção civil. Em 2012, o CUB (Custo Unitário Básico) da construção civil paulista subiu 7,29%.

Mirella Parpinelle, diretora de atendimento da imobiliária Lopes, afirma que o mercado estará aquecido na cidade. O motivo, segundo ela, é que a demanda por moradia continua alta e que o investidor privilegia a compra de imóveis em razão do menor rendimento de aplicações financeiras (com juros da Selic em 7,25%, seu menor patamar histórico).

USADOS

No caso de imóveis usados, houve alta nas vendas de 2,28% até novembro na cidade de São Paulo, de acordo com o Creci -SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). No mês, porém, houve queda de 8,8% ante outubro.

No Estado, o comportamento foi semelhante, com alta de 3,38% de janeiro a novembro e recuo de 32,1% no mês. Já o índice que mede os preços das residências acumula alta de 13% de janeiro a novembro. Os dados de dezembro ainda não foram compilados pela entidade.


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