Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Imóveis

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O som ao redor

Saiba o que é possível modificar no apartamento, com e sem reforma, para se livrar do barulho da vizinhança

ERIKA MOURÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Salto alto, crianças, festa, volume da TV, descarga, gritos, latidos. Na vida verticalizada, ninguém está imune ao barulho alheio.

Os conflitos que têm como causa a barulheira dos vizinhos são a segunda queixa mais comum em condomínios, atrás apenas da falta de pagamento de taxas, afirma o advogado especializado em direito condominial Alexandre Marques.

O engenheiro Davi Akkerman, presidente da Associação Brasileira para a Qualidade Acústica, explica que as edificações são obrigadas a atender a certos requisitos técnicos, mas que nem sempre eles são suficientes para isolar o barulho.

Paredes, lajes e pisos de espessuras cada vez mais finas, assim como o uso de janelas comuns, são os principais responsáveis pelo desconforto.

Alguns lançamentos têm alardeado o isolamento acústico como diferencial, mas, na realidade, essa é uma das determinações da nova norma de desempenho de edificações habitacionais NBR 15.575, que vai vigorar a partir de 19 de julho e prevê, entre outras especificações, o conforto acústico como pré-requisito em construções.

Antes de buscar uma solução para o barulho, é preciso identificar de que tipo de ruído seu imóvel é vítima.

Existem dois tipos de barulho, explica Akkerman: o aéreo e o estrutural.

O primeiro é propagado pelo ar (música alta, latidos). O segundo é causado por impacto e transmitido pela estrutura do prédio (martelo, descarga). "Para ruídos aéreos, é possível reforçar janelas, paredes e lajes. Os estruturais exigem ações complexas e, às vezes, podem não ter solução", diz.

Para a pedagoga Iara Andrade, 40, a saída foram as clássicas cutucadas com vassoura no teto. "Os vizinhos de cima dormem tarde. A criança brinca de bolinha de gude e carrinho de controle remoto, e eu escuto tudo. Para não bater na porta deles, uso a vassoura", diz.

Apesar das marcas no teto, Iara diz ter um bom relacionamento com a vizinha. "Funciona bem no nosso convívio. Virou nosso meio de comunicação."

Quando o diálogo com o vizinho não dá resultado, é possível recorrer a revestimentos e acessórios para "blindar" seu apartamento. A seguir, conheça os problemas mais comuns e o que é possível fazer para não ser obrigado a compartilhar da intimidade da vizinhança.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página