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A vida na Bolsa

São poucas as empresas de pequeno porte que se arriscam a abrir o capital, mas quem chegou lá diz que, apesar de dificuldades, a escolha foi certa

FILIPE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A entrada na Bolsa de Valores ainda é um caminho raro e cheio de desafios para as empresas de médio e pequeno portes que pretendem captar recursos no Brasil. Porém, quem chegou lá diz que, apesar das dificuldades, abrir o capital foi a escolha certa.

São os casos da Renar Maçãs, de Fraiburgo (350 km de Florianópolis), e da Nutriplant, de Barueri (na Grande São Paulo), ambas do setor agrícola.

As empresas tiveram as duas menores captações em lançamentos de ações na BM&FBovespa desde 2004, ano de retomada das aberturas de capital após a crise que surgiu com os atentados do 11 de Setembro, em 2001.

A catarinense Renar fez sua oferta pública em 2005 e captou R$ 16 milhões. A vez da Nutriplant aconteceu três anos depois, quando levantou R$ 20,7 milhões.

Mas a realidade da Bolsa não vem sendo fácil para a Nutriplant e para a Renar. Esta viu suas ações se desvalorizarem em quase 90% desde a chegada à Bolsa, e a primeira, em cerca de 75%.

Apesar da forte queda (fruto de maus resultados e da crise global de 2008), seus executivos dizem que o valor das ações não representa a realidade das companhias.

Segundo eles, há uma reduzida procura de investidores por papéis de empresas menores, que demandam um investimento de longo prazo.

Também consideram que a abertura de capital traz outros benefícios, como melhoria na governança corporativa e na imagem da empresa.

Com isso, dizem ter mais facilidade de conseguir novos investidores e financiamentos bancários.

Para Marcelo Nakagawa, coordenador do centro de empreendedorismo do Instituto de Pesquisa e Ensino (Insper), ter ações negociadas em Bolsa significa enfrentar o desafio de ter de mostrar criação de valor em curto espaço de tempo, a cada divulgação de resultado trimestral.

CUSTOS

Uma das dificuldades que as empresas de médio e pequeno porte enfrentam para repetir a trajetória das duas são os custos.

A abertura de capital de uma empresa de médio porte pode custar de R$ 500 mil a R$ 1 milhão, diz Nakagawa.

Entre os gastos envolvidos na abertura de capital na Bolsa de Valores estão custos com intermediários e publicação de balanços e demonstrativos financeiros.


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