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Juro sobe no crédito para as pessoas físicas; taxa de inadimplência recua

Perspectiva de que o Banco Central aumente a Selic já encarece a captação dos financiadores

Estoque de operações de crédito subiu 0,7% em fevereiro contra janeiro, atingindo R$ 2,384 trilhões

CAROLINA OMS DE BRASÍLIA

Os juros cobrados pelos bancos na concessão de empréstimos subiram pelo segundo mês consecutivo em fevereiro, após um período de redução expressiva em 2012.

Segundo informações divulgadas pelo Banco Central ontem, a taxa média geral subiu 0,1 ponto percentual no mês passado, para 18,7% ao ano. Em fevereiro do ano passado, o custo médio desse crédito estava em 23,8%.

A variação em fevereiro foi puxada pelo encarecimento do crédito para a pessoa física. A taxa para esse segmento subiu 0,2 ponto percentual, para 24,9% ao ano. Para empresas, a taxa média de juros permaneceu estável, em 14% ao ano.

"Os dados dos últimos dois meses parecem indicar que a queda dos juros e dos spreads ocorrida ao longo do ano passado se encerrou, dando espaço a um período de relativa estabilidade", afirmou em relatório o economista Adriano Lopes, do Itaú.

O Banco Central já indicou que deve elevar em breve a taxa básica -hoje em 7,25% ao ano- diante da resistência da inflação em ceder.

Essa sinalização já afetou o mercado de juros futuro, que reflete as expectativas e apostas dos agentes econômicos e é referência para a captação de recursos das instituições financeiras.

Os dados do BC mostram que, de fato, no mês passado o custo de captação dos bancos subiu 0,5 ponto percentual nas operações destinadas às pessoas físicas, enquanto o spread -que mede a diferença entre esse custo e os juros cobrados dos clientes- recuou 0,1 ponto.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que os aumentos recentes do custo doa empréstimos são "flutuações do curto prazo" e que a redução dos spreads, incentivada pelo governo federal, é uma "mudança estrutural".

INADIMPLÊNCIA

A taxa de inadimplência, que contabiliza atrasos de mais de 90 dias nos pagamentos, representou 3,7% das operações em fevereiro, estável em relação ao mês anterior e no menor nível desde dezembro de 2011.

Para a pessoa física, a inadimplência recuou 0,1 ponto no mês passado, para 5,4%. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, atribuiu a queda ao crescimento da renda e do emprego e à queda na taxa básica de juros no ano passado.

O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,7% em fevereiro contra janeiro, totalizando R$ 2,384 trilhões. A alta foi alavancada pelo crescimento de 0,9% no crédito para as empresas.


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