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Análise

Endividamento das famílias ainda deixa crédito em compasso de espera

WERMESON FRANÇA ESPECIAL PARA A FOLHA

O mercado de crédito iniciou 2013 praticamente no mesmo ritmo que encerrou 2012. Ou seja, apesar da queda da inadimplência, da manutenção dos juros bancários em níveis baixos e da expansão mais forte dos empréstimos pelos bancos públicos, o crédito ainda não reagiu plenamente, exibindo um avanço mais ameno do que a média dos últimos três anos.

O crédito total alcançou R$ 2,38 trilhões em fevereiro, com alta de 16,8% sobre igual mês de 2012, ligeiramente superior à alta interanual de 16,4% verificada em janeiro, mas inferior à média de 18,6% do período 2010-2012.

O saldo direcionado teve avanço interanual de 22,9% em fevereiro, revelando a força das modalidades habitacional e do BNDES, que subiram, respectivamente, 33,5% e 16,0% sobre 2012.

Em contrapartida, o crédito livre desacelerou novamente, com perda de ímpeto mais intensa no crédito às famílias.

Segundo o BC, o crédito livre total teve alta interanual de 12,8%, reflexo do avanço de 9,5% do crédito às pessoas físicas, contra 16,3% para as pessoas jurídicas.

De um modo geral, o crescimento moderado do crédito se deveu ao comportamento da atividade econômica doméstica, que ainda não mostrou avanço consistente.

Além disso, os bancos e financeiras seguem cautelosos na concessão de novos empréstimos, dada a ainda elevada taxa de inadimplência e as incertezas quanto à reação da atividade.

Do lado da demanda, há suspeitas de que as famílias ainda convivem com níveis elevados de endividamento e, sobretudo, de comprometimento da renda com o pagamento de dívidas.

Para 2013, as perspectivas seguem favoráveis, porém ainda exigem certa cautela.

A previsão de uma expansão mais forte da atividade, em meio a um desempenho robusto do mercado de trabalho, sugere que a demanda por crédito avançará. Desde que a taxa de inadimplência e as condições de endividamento das famílias melhorem ao longo do ano -o que é plausível, mas não seguro.

O saldo total de crédito poderá crescer 16,5% em 2013, ritmo similar ao de 2012.

WERMESON FRANÇA é economista da LCA Consultores


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