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Montadora chinesa agora busca mercado de nicho no Brasil

Com tributo maior para importados, marcas tentam ganhar participação em segmentos como o de comerciais leves

Além de apostar no fator preço, empresas querem preencher espaço da Kombi, que sairá de linha em 2014

GABRIEL BALDOCCHI DE SÃO PAULO

As montadoras chinesas cresceram rápido no Brasil com a promessa de entregar a combinação de mais opcionais a preços menores e incomodaram a ponto de motivar uma política de proteção à indústria nacional.

Chery e JAC estrearam com barulho: inundaram o mercado com publicidade, anunciaram ampla rede de revendas e produtos para brigar com os populares.

O garoto-propaganda Faustão, embaixador de um dos grupos, dava o tom da ambição à época da chegada.

Na nova realidade, com o regime automotivo e o adicional de impostos a importados, o dragão chinês ficou mais tímido, mas não se retraiu.

Quatro marcas estreiam no país neste ano -duas já anunciadas. Vão elevar o número de chinesas de veículos com atuação no Brasil para mais de dez nomes.

Faustão sai de cena para dar lugar a um esforço menor de publicidade, mais direcionado. Os novos planos falam agora em redes mais enxutas e menor volume de vendas.

O foco das novas estreantes, em sua maioria, é atingir nichos de mercado, em que a atuação das estrangeiras é considerada mais complementar do que uma competição de fato.

O segmento de comerciais leves (espécie de caminhão pequeno) é o que mais se aproxima dessa condição e tem sido o alvo preferido.

Pelas ruas, já é possível notar, cada vez mais, entregadores de água, de gás e de material de construção dirigindo modelos chineses.

"Como é um nicho não tão bem atendido pelas montadoras, estamos confiando nesse mercado", afirma o diretor da CN Auto, Humberto Gandolpho Filho.

A empresa já importa duas marcas na categoria e finaliza os planos para a representação, a partir do segundo semestre, de um novo nome: a DFSK, chinesa e de utilitários, como também são chamados.

Em janeiro, o segmento também viu a entrada da Rely, marca do grupo Chery que planeja abrir 30 concessionárias. Shineray, Effa, Changan e um recém-lançado modelo da JAC completam o leque de chinesas de comerciais leves.

Além do preço, os grupos apostam em um fato novo para crescer. Querem preencher o espaço que ficará, a partir de 2014, com o fim da Kombi, concorrente de peso na briga pelos profissionais de distribuição.

PICAPE E SUV

A Great Wall, uma das maiores da China, também procura atuar em nicho no Brasil: estuda trazer uma picape e uma SUV (semelhante ao EcoSport).

A marca pretende começar as vendas no segundo semestre e mantém firme o plano de fábrica no país, para começar em 2014.

A produção nacional é essencial para fugir do adicional tributário do novo regime automotivo. Sem ela, a importação livre do imposto é limitada a 4.800 unidades por ano. Entre as chinesas, JAC e Chery já estão com projetos de fábrica em andamento.

Como brasileiras, ambas poderão conseguir fatia maior do mercado -a capacidade combinada das duas será de 250 mil veículos. Hoje, as chinesas somadas não chegam a 1% de participação no país.


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