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China ataca política de pós-venda da Apple e ameaça adotar sanções
Para analistas, campanha visa beneficiar empresas locais
O governo chinês intensificou uma campanha pública contra a Apple, chamando o grupo de tecnologia de "desonesto", "ganancioso" e "incomparavelmente arrogante" e ameaçando adotar ações regulatórias se a empresa americana não melhorar seu serviço de políticas pós-vendas.
Depois de reportagens duras nos veículos de mídia estatal, o organismo de inspeção de qualidade chinês disse nesta semana que a Apple teria de mudar algumas de suas políticas de garantia ou enfrentar "severas repercussões de acordo com leis e regulações relevantes".
Entre os ataques, a Apple foi acusada de tratar os chineses de forma desigual em relação a clientes no Ocidente por não trocar a carcaça inteira do iPhone na assistência técnica.
Pelas leis chinesas, se fizesse a substituição completa, a Apple deveria renovar a garantia do aparelho como se fosse um novo.
Analistas têm sugerido que o governo espera enfraquecer a dominância da Apple e de outros operadores globais no mercado chinês a fim de beneficiar empresas domésticas como Lenovo, Huawei e ZTE -que muitos consideram terem sido deixadas para trás por produtos mais inovadores de competidores externos.
Pesquisa de instituto governamental disse no mês passado que a China estava muito dependente do sistema Android, do Google.
Pequim também tem dito que estabelecerá padrões mais elevados e restrições para fabricantes de smartphones, incluindo exigências de que ajudem o governo a monitorar a atividade on-line.
A China é o segundo maior mercado da Apple depois dos EUA. Em janeiro, durante sua segunda visita ao país asiático em dez meses, Tim Cook, presidente-executivo da Apple, disse esperar que a China se torne o maior mercado da empresa no futuro.