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Qual é a melhor aplicação: poupança ou RDB? Quanto elas rendem ao mês?

M.J., de Uberlânida (MG)

RESPOSTA DO PROFESSOR DA FGV WILLIAM EID - Não sei se você vai encontrar um RDB, que é um Recibo de Depósito Bancário, para investir.

A diferença do RDB para o CDB, que é o Certificado de Depósito Bancário, é a liquidez. No caso do CDB você pode resgatar antes do vencimento, já no RDB essa possibilidade não existe.

Então, teoricamente, o RDB deveria render mais que o CDB, já que o banco tem certeza do prazo que terá para investir o dinheiro.

Mas, seja pelo apego imenso que o brasileiro tem pela liquidez diária, seja porque as diferenças de taxas eram ínfimas, não tenho visto ofertas de RDBs. Então vamos tratar da poupança x CDBs. E aí a conta é mais ou menos simples.

A nova poupança, instituída no primeiro semestre de 2012, rende 70% da Selic. Como a Selic está em 7,25% ao ano, isso significa um rendimento de 5,075% anuais, isento de IR.

Já no caso de um CDB (ou RDB, se você achar) podemos ter as opções pré ou pós-fixadas. Em ambas há incidência de IR sobre o rendimento, e esse Imposto de Renda é decrescente com o tempo do investimento.

Imaginando que você aplique o dinheiro por dois anos, vai ser tributado pela alíquota mínima, de 15%. Então, para igualar a poupança, um CDB pré deverá pagar 5,97%, supondo que a Selic não suba nos próximos meses. Se subir, o rendimento deverá ser maior.

E, pensando na variação da Selic, uma forma de se proteger contra ela é aplicar em um produto pós-fixado. E aí é só dividir os 5,97 por 7,25 para chegar ao percentual mínimo que tornará o CDB pós mais atraente que a poupança. No caso, 82,35% da Selic. Ou CDI, já que os dois tendem a andar juntos.

Resumo: se o banco lhe oferecer um CDB (ou RDB) pós-fixado com taxa superior a 82,35% do CDI, ele deverá ser mais atraente que a poupança.

Eu invisto em

"Por ideologia, sempre aplico em fundos de excelência social. Também aplico em renda fixa, sem risco. Pretendo investir em imóveis, mas atualmente no Rio os preços estão inviáveis"

FINANCIAMENTO

"No financiamento de um imóvel, devo levar em consideração a taxa efetiva ou CET (Custo Efetivo Total)?"

C.M., de São Paulo (SP)

Sempre o CET (Custo Efetivo Total). A taxa efetiva é quanto o financiador está cobrando de juros sobre o seu financiamento. Mas ela expressa apenas o custo de financiamento.

Já o CET, de divulgação obrigatória a partir de março de 2008, engloba todos os custos envolvidos na operação imobiliária, como seguros, tributos, encargos e demais despesas. Isto é, o que realmente você vai pagar para comprar o seu imóvel.

Se você considerar apenas os juros, vai ignorar uma série de outros custos. E aí pode chegar a uma situação ruim: você planejou que poderia pagar R$ 2.500,00 por mês no seu imóvel, mas na verdade tem que pagar R$ 2.650,00.

Então, para ter um bom planejamento financeiro e saber exatamente quanto vai custar o imóvel, use o CET.

CONTA-CORRENTE

"Tenho R$ 30 mil na conta-corrente. É melhor deixar na conta, passar para a poupança ou fazer outro investimento?"

D.G., de Florianópolis (SC)

Se você não vai usar o dinheiro nos próximos dias, digamos 30, invista na poupança. Se não investir, você desperdiçará pelo menos uns R$ 120,00 por mês, que seria o rendimento da aplicação.

Se esse dinheiro vai estar disponível por períodos mais longos, é hora de estudar outras alternativas como fundos de renda fixa ou CDBs.

Mas tenha como meta não deixar seu dinheiro parado, mesmo para períodos mais curtos. Dinheiro parado não significa apenas a perda dos juros que você ganharia na aplicação, mas também significa a perda oriunda da inflação. Sobretudo hoje, quando temos uma inflação da ordem de 0,5% ao mês.

Se você deixar seus R$ 30.000,00 parados, estará perdendo só para a inflação uns R$ 150,00 todos os meses. Invista.


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