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Agente autônomo recebe treinamento e certificação
Pesquisa mostrou que 75% dos profissionais têm curso superior completo
Corretoras apostam que a importância do agente autônomo vai aumentar e investem na formação dos profissionais
Para melhorar a qualidade dos serviços dos agentes autônomos, as corretoras fazem treinamentos, organizam cursos de capacitação, reciclagem e preparam os profissionais para passar na prova da Ancord (associação das corretoras), autorreguladora do exercício profissional.
A associação fez uma pesquisa nacional com os profissionais registrados para conhecer melhor seu perfil. Descobriu que 75% têm curso superior completo, sendo que quase a metade fez ou faz pós-graduação. A exigência para exercer a profissão é ter concluído o ensino médio.
A maioria (56%) trabalha em escritório próprio e 49% têm mais de quatro anos de experiência profissional.
A associação também desenvolveu um código de conduta ética na relação com os clientes, orientando os profissionais a se recusarem a exercer o papel de gestor do dinheiro do cliente e recomendando apenas utilizarem material de divulgação previamente aprovado pela corretora para a qual trabalha.
CAPACITAÇÃO
Com a maior equipe de agentes autônomos, a corretora XP Investimentos faz um treinamento intensivo durante 15 dias com os profissionais em sua sede no Rio. A corretora trabalha com 1.700 dos cerca de 5.000 agentes autônomos estimados no país.
"Os gerentes de banco, que fazem o mesmo trabalho, têm mais reclamação. Elas não aparecem porque os bancos têm outra regulação. Vai crescer cada vez mais a importância do agente autônomo. A missão da corretora é qualificar sua rede de distribuidores para agregar valor ao cliente", disse Guilherme Benchimol, presidente da XP Investimentos.
A corretora também ajuda os profissionais a obterem a certificação da Ancord e dá o suporte para os profissionais abrirem o próprio escritório.
A corretora Ativa, que também faz cursos de capacitação, decidiu contratar pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) todos os agentes que trabalhavam internamente em seus escritórios.
Segundo Jansen Costa, superintendente da corretora, só ficarão como agentes autônomos os 40 profissionais externos às filiais.
"É importante a seleção e a qualificação dessas pessoas. Só contratamos agentes autônomos certificados."
Especializado na negociação de commodities, o agente autônomo Carlos Widonsck, da Option, trabalha em Alphaville por meio da corretora do Bradesco. Ele atende mais empresas, escritórios e poucos investidores pessoa física. "É um nicho com operações volumosas. Para atender mais pessoas físicas precisaria de uma equipe maior para fazer os controles e analisar os fluxos", disse.
