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Após dez anos, aumenta a receita com circulação de jornais nos EUA

Assinatura conjunta das versões impressa e digital é destaque

NELSON DE SÁ DE SÃO PAULO

A receita com a circulação de jornais nos Estados Unidos cresceu 5% em 2012 em relação ao ano anterior, ao passar de US$ 9,9 bilhões para US$ 10,4 bilhões.

Foi o primeiro aumento nos recursos obtidos com a venda de jornais desde 2003, quando foi atingido o pico de US$ 11,2 bilhões.

O resultado positivo na circulação, creditado à disseminação de assinaturas digitais nos últimos anos no país, permitiu que a queda na receita total dos jornais fosse de só 2% (de US$ 39,5 bilhões para US$ 38,6 bilhões), menor ritmo de redução em seis anos.

O que manteve a receita total em queda foi, acima de tudo, a publicidade impressa, que no ano passado se apresentou 9% menor.

O levantamento é da Newspaper Association of America (NAA), que reúne os jornais dos EUA e projetou os números a partir de uma pesquisa junto a 330 títulos, com 40% da circulação.

A associação, ao divulgar o estudo, destacou como uma de suas revelações mais importantes que a publicidade, que chegou a responder por 80% da receita no país, não passa hoje de 60%.

Outras fontes de recursos têm sido buscadas pelas empresas jornalísticas, como comércio eletrônico e distribuição comercial, e começam a contar no levantamento.

"Os jornais, que têm as maiores Redações e as marcas mais conhecidas nas comunidades que servem, estão agora buscando novas formas de servir aos negócios locais", disse a presidente da NAA, Caroline Little.

IMPRESSO + DIGITAL

Para Ken Doctor, analista-chefe da consultoria Outsell, referência para o setor de mídia nos EUA, o estudo de ontem confirma a circulação como "luz mais brilhante no horizonte" da imprensa.

Mais precisamente, ele destaca o salto na receita com assinaturas para todas as plataformas (impresso + digital, inclusive aparelhos móveis), de quase 500%.

"Receita é a métrica-chave", afirma, sublinhando que o aumento das assinaturas só digitais, embora também alto (275%), tem pouco efeito na receita total, pois seu custo é baixo.

"Foi o esforço pelo acesso total [impresso + digital], para ganhar mais com o leitor que não se preocupa com o custo, que tornou possível o primeiro ganho de circulação em uma década", avalia Doctor.

Ele concorda com Little, da NAA, que "os jornais estão se transformando", com maior inovação em "serviços de marketing, eventos e mais". Mas diz que "essa necessária transformação tem sido profundamente lenta".


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