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Patrões na cozinha animam indústria de eletrodoméstico

Fabricantes acreditam que, sem domésticas, famílias procurem aparelhos mais sofisticados e mais rápidos

Equipamentos mais silenciosos também devem ter impulso, já que trabalho passará a ser feito mais à noite

MARIANNA ARAGÃO DE SÃO PAULO

A PEC das domésticas deve dar impulso ao consumo de eletrodomésticos "inteligentes" --com mais funções, ciclos de operação mais rápidos e silenciosos-- e de novas categorias de produtos, como a máquina de lavar louças.

A expectativa de fabricantes de produtos de linha branca e eletroportáteis é que esses aparelhos se tornem mais atraentes para famílias que decidam dispensar a empregada doméstica e comecem a assumir as tarefas da casa.

Essa tendência já vinha sendo verificada no Brasil, segundo a indústria, com o aumento do custo do serviço doméstico.

Agora, com a aprovação das novas regras trabalhistas, a perspectiva é que esse movimento se acelere.

"Quando havia uma empregada disponível, produtos como uma lava-louça ou um ferro a vapor potente não eram prioridades", diz Mário Fioretti, da área de design e inovação da Whirlpool, dona da Brastemp e Consul.

"Agora, eles passam a ser vistos como de primeira necessidade."

A principal aposta da fabricantes é no avanço das lava-louças, que têm um índice de presença baixo nos lares do país, de cerca de 10% do total, segundo as empresas.

Mas há expectativa para outros segmentos, que vão de aspiradores de pó --mais silenciosos e portáteis, que permitam a execução de tarefas simultâneas-- a máquinas de lavar roupas com acionamento automático e ciclos mais curtos.

"A PEC das domésticas vai dar consistência a uma mudança de hábitos que vínhamos percebendo havia algum tempo", diz Marcelo Vienna, vice-presidente comercial da Mabe, das marcas Dako, GE e Continental.

Além das máquinas de limpar louças, "carro-chefe dessa transformação", a Mabe planeja acelerar a introdução de novos produtos na área de lavanderia, como máquinas que lavam e secam, e fornos elétricos que também funcionam como micro-ondas.

SILÊNCIO À NOITE

Uma característica que passará a ser mais valorizada é o baixo ruído dos aparelhos, afirma Fioretti, já que boa parte das atividades deverá ser realizada no período da noite, após o trabalho.

Essa sofisticação do consumo teria potencial para aumentar o gasto médio das famílias com eletrodomésticos no Brasil, que hoje é menos da metade do valor despendido em países ricos.

A média brasileira é de US$ 175 por ano, ante US$ 450 nos EUA e na Europa.

"Vai haver um upgrade' em várias categorias, o que é positivo para a indústria", diz Lourival Kiçula, presidente da Eletros (Associação Brasileira dos Fabricantes de Eletroeletrônicos).


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