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Com produto mais barato, HP busca segunda chance em tablets

Dois anos após fracasso, fabricante prevê lançar produto no Brasil no segundo semestre

Em reestruturação, HP também faz projetos para ampliar oferta de soluções para o segmento de educação

MARIANNA ARAGÃO DE SÃO PAULO

Com um produto mais barato e usando a popular plataforma Android, a HP, maior fabricante mundial de PCs, busca uma segunda chance no mercado de tablets.

No início do segundo semestre, a empresa lança no Brasil o Slate7, para competir no segmento de tablets baratos. Nos Estados Unidos, o produto foi apresentado neste mês por US$ 169.

A investida ocorre menos de dois anos após uma incursão frustrada num produto cujo crescimento --de 78% só em 2012-- é apontado como um dos motivos para o declínio dos PCs nos últimos anos.

"Sabemos que [a expansão do mercado de tablets] é um movimento sem volta e não podemos ficar de fora", diz Oscar Clarke, presidente da HP no Brasil.

Em 2011, a HP decidiu acabar com seu tablet TouchPad semanas após o lançamento.

A missão foi abortada diante das críticas negativas do mercado e, segundo a HP, na época, pelas vendas fracas.

Hoje, a empresa diz entender que o sistema operacional do aparelho (o WebOS, herdado da Palm, comprada pela HP em 2010) era pouco atrativo aos desenvolvedores e, portanto, "pobre em aplicativos para o consumidor".

Desde o sepultamento do Touchpad, a companhia lançou tablets apenas para o mercado corporativo.

TRANSIÇÃO

Com 28% de suas receitas globais vindas de PCs, a HP enfrenta uma transição para a era da computação móvel.

Segundo dados da consultoria IDC, o mercado de computadores recuou 14% no primeiro trimestre deste ano. As vendas da HP, de acordo com a IDC, caíram 23,7%.

Além do avanço dos tablets, analistas apontaram o Windows 8 como um dos "culpados" pela retração.

Lançado em outubro, o sistema operacional da Microsoft trouxe mudanças consideradas radicais de usabilidade para o usuário.

Para Clarke, "é um fato que as vendas dos Windows 8 estão aquém das expectativas".

Mas, por trás disso, está um movimento mais amplo: o predomínio das arquiteturas e sistemas operacionais usados nos dispositivos móveis sobre os dos PCs, diz ele.

"Entendemos esse momento do mercado e estamos diversificando", afirma.

Segundo ele, a HP está lançando mais produtos com o sistema Android e não descarta a entrada em smartphones --possibilidade já levantada pela presidente mundial da HP, Meg Whitman.

Desde 2011, quando assumiu o comando da companhia fundada em 1939, Whitman lidera uma reestruturação nos negócios da empresa, que chegou a perder metade de seu valor de mercado e foi acusada por investidores de erros de gestão e perda do potencial de inovação.

EDUCAÇÃO

Em meio aos esforços para se reposicionar no mercado de consumidores finais, a HP anuncia, na próxima semana, uma nova estratégia para ampliar sua atuação no segmento de educação.

A empresa firmou parcerias com empresas como Editora Saraiva e Kroton (grupo de ensino superior) para oferecer produtos e serviços em capacitação de professores e produção de conteúdo.

O objetivo é atacar os mercados público e privado de ensino digital no Brasil.

"Vamos tentar oferecer ao mercado uma solução mais abrangente, que ajude a fazer essa mudança (para a educação digital)", diz Cláudia Braga Amaral, diretora de planejamento estratégico.

Até então, a companhia vendia apenas infraestrutura (PCs e redes, por exemplo).


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