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Atividade econômica reflui em fevereiro

Indicador do BC mostra queda de 0,5% em mês de retração na indústria e no varejo

CAROLINA OMS DE BRASÍLIA

O indicador do Banco Central que mede a atividade econômica recuou 0,52% em fevereiro na comparação com janeiro, mês em que houve queda na produção industrial e nas vendas no varejo.

No bimestre, o IBC-Br apontou uma alta de 2,14% na comparação com o mesmo período de 2012. O índice é considerado estimativa do PIB, calculado pelo IBGE e divulgado por trimestres.

Para o economista Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria, o resultado reforça a percepção de que a economia ainda caminha com "bastante oscilação". Em janeiro, o indicador havia tido alta de 1,43%, segundo dado revisado divulgado ontem pelo BC.

"[A economia] não entrou numa trajetória clara de recuperação, dependendo de setores que sobem em um mês e caem no outro, em um movimento bastante incerto", avalia o economista.

A produção industrial medida pelo IBGE, por exemplo, recuou em fevereiro 2,5% sobre janeiro, o pior resultado desde dezembro de 2008. Já as vendas do varejo caíram 0,4%, pior desempenho para o mês desde 2003.

De acordo com o IBGE, preços maiores de alimentos, combustíveis e outros itens afetaram o consumo e desestimularam vendas, apesar de o rendimento seguir em alta.

A divulgação do IBC-Br ocorre a poucos dias da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que definirá, na quarta, a taxa básica de juros (Selic), hoje em 7,25% ao ano.

Apesar do desaquecimento, há expectativa de que os juros subam por causa da resistência da inflação, que já superou o teto da meta.

Embora tenha recuado, o IBC-Br veio melhor do que as expectativas. Os analistas esperavam um recuo de 0,8%, com as projeções de queda variando de 0,50% a 1,10%, segundo pesquisa da Reuters.

O economista Bacciotti estima que o PIB volte a dar sinais de crescimento em março (o indicador deve ser divulgado no fim de maio).

Segundo Bacciotti, isso já pode ser observado em indicadores antecedentes da produção industrial de março e reforça as projeções de que a economia no primeiro trimestre continuará se expandindo em relação ao resultado do último trimestre de 2012.

Em relatório, a LCA Consultores disse estimar um avanço de 1,5% do PIB do primeiro trimestre com base nos dados do IBC-Br. Segundo a consultoria, a avaliação é reforçada pelos dados da safra agrícola do IBGE, que deve registrar elevação próxima de 6,5% em 2013, após recuo de 2,3% em 2012.


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