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Dilma fala em alta de juros contra inflação e critica taxas do passado

Censurada pela oposição por tolerar alta de preços, presidente diz que vai atacá-la 'sistematicamente'

Em discurso em Minas, ela afirmou que o Brasil vai crescer neste ano apesar dos 'pessimistas especializados de plantão'

LUIZA BANDEIRA ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE

Na véspera da reunião que vai decidir, hoje, a taxa básica de juros (Selic) no país, a presidente Dilma Rousseff admitiu uma alta para conter a inflação, mas minimizou seus impactos.

"Jamais voltaremos a ter aqueles juros que, a qualquer necessidade de mexida, elevava juros para 15%. Porque estava em 12% a taxa de juros real. Hoje temos taxa de juros real bem baixa. Qualquer necessidade [de alta] para combater a inflação será possível fazer num patamar bem menor", disse, em Belo Horizonte, em anúncio sobre produção de insulina no país.

A Selic está em 7,25% desde outubro de 2011, quando atingiu o mais baixo patamar desde o fim de 1998. Mas o governo já deu sinais de que espera um aumento já na reunião que se encerra hoje.

Analistas também esperam uma elevação da taxa, mas a maioria deles prevê que ela ocorra na reunião de maio.

A alta seria necessária para combater a inflação, que chegou a 6,59% nos 12 meses encerrados em março, superando o teto da meta fixado pelo governo, de 6,5%.

O aumento é considerado uma arma contra a inflação porque tende a inibir o consumo. No entanto, restringe também os investimentos, algo que o governo quer evitar.

Em tentativa de afastar acusações da oposição de que seria leniente com a alta de preços, Dilma afirmou --pelo segundo dia consecutivo-- que não haverá "negociação" com a inflação.

Em março, houve dúvidas no mercado quando a presidente disse ser contra políticas de combate à inflação que reduzissem o crescimento.

"Não teremos o menor problema em atacá-la sistematicamente. Nós queremos que este país se mantenha estável", afirmou ontem.

Dilma disse ainda que o país mantém a "robustez" mesmo com a crise internacional e afirmou que o Brasil vai crescer neste ano apesar dos "pessimistas especializados de plantão".

"É um pessimismo que nunca olha o que já conquistamos e a situação em que estamos. Sempre olha achando que a catástrofe é amanhã. Não há a menor hipótese de o Brasil neste ano não crescer. Estou otimista", afirmou.

Presente à cerimônia, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade (PMDB), disse ontem que o preço do tomate deve cair em até 40 dias. Ele responsabilizou as chuvas e a supersafra do ano anterior pela aumento no preço do produto, que se tornou símbolo da inflação no país.


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