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Indústria paulista fecha vagas e emprego perde vigor

Menor procura por trabalho evita alta maior do índice de desemprego em março

Taxa em março registra leve aumento de 5,6% para 5,7%, mas é a menor para o mês desde 2002, afirma IBGE

PEDRO SOARES DO RIO

Os primeiros sinais de esgotamento do mercado de trabalho tornaram-se mais evidentes com a queda do emprego na indústria paulista.

Em março, o emprego no setor caiu 2,2%, puxado pelo fraco desempenho na região metropolitana de São Paulo, maior parque fabril do país.

O número de vagas na indústria encolheu 4,8% em São Paulo, o equivalente à dispensa de 93 mil trabalhadores de fevereiro para março.

Considerando todos os setores, a ocupação caiu 1,3% em São Paulo --num ritmo superior à queda de 0,2% na média das seis regiões pesquisadas pelo IBGE.

Segundo Cimar Azeredo Pereira, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o resultado de São Paulo não era esperado, pois a dispensa de trabalhadores temporários na região costuma ocorrer em janeiro ou, no máximo, em fevereiro. "Espera-se uma reação da indústria a partir de março ou abril", diz.

Mesmo sem a economia esboçar uma reação mais firme, a taxa de desemprego no país ficou em 5,7% em março --a menor para o mês desde o início da série do IBGE, em 2002. O nível é levemente maior que o de fevereiro (5,6%).

Segundo a LCA, os números de fevereiro e de março sobre a criação de novos postos "surpreenderam pelo arrefecimento", o que está ligado ao movimento de moderação das contratações diante do processo de retenção de trabalhadores em 2012.

"Pelas dificuldades de obtenção de mão de obra qualificada, pelos custos de demissão e pela perspectiva de retomada da atividade econômica --que vem sendo frustrada--, os empresários optaram pela manutenção de boa parte de seus trabalhadores em 2012", diz a consultoria.

Num primeiro momento, diz, essa situação reduz o total de contratações neste ano. Já a indústria enfrenta problemas como o câmbio não competitivo, a perda de fôlego do consumo interno e a confiança abalada dos empresários.

A criação de vagas já não se mostra tão vigorosa como no ano passado e sinaliza uma acomodação do mercado de trabalho em geral. O mesmo ocorre com o rendimento, que aumentou apenas 0,6% ante março de 2012.

A taxa de desemprego só não subiu graças à menor procura por trabalho. Mas, para o coordenador do IBGE, não é possível falar ainda que, diante do fraco crescimento da economia, o desalento reduziu a procura por trabalho.


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