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Análise

Necessidade de investimento requer leilões mais frequentes

WAGNER FREIRE ESPECIAL PARA A FOLHA

Os leilões da ANP ocorriam regularmente, a cada ano, desde 1999. Com as descobertas no pré-sal da bacia de Santos, em 2006, no entanto, sofreram vários tropeços e, em 2007 e 2008, deixaram de ser realizados para áreas marítimas e terrestres.

O processo de exploração de petróleo é bastante complexo, por dois motivos principais: 1) sua dependência cada vez mais acentuada de novas tecnologias para aplicação em áreas de maior risco geológico e 2) situações logísticas cada vez mais difíceis.

Justamente por causa do risco geológico, requer uma avaliação muito cuidadosa: há altos investimentos, que podem não dar certo.

Ao longo dos anos, muitas companhias investiram no Brasil. Algumas foram bem-sucedidas, outras nem tanto. Outras, com a falta de rodadas, desmobilizaram suas equipes especializadas.

Mas as bacias sedimentares brasileiras têm um elevado potencial e, na sua maioria, são pouco conhecidas.

Um exemplo é Sergipe-Alagoas, palco de uma das melhores descobertas, o campo de Carmópolis, em 1963, que ainda hoje tem boa produção.

Mas tudo indica que as melhores descobertas são as que se concretizam nos últimos dois anos, pela Petrobras.

Não são campos como Carmópolis, em terra, com reservatórios a 500 m de profundidade. São campos com reservatórios a mais de 5.000 m de profundidade, em águas de mais de 2.500 m e a 100 km da costa.

A retomada das rodadas de leilões é um passo muito importante para a continuidade do processo de avaliação do potencial de petróleo do país e a incorporação de reservas à economia.

A suspensão das rodadas e as mudanças no marco regulatório decorrente das descobertas de Santos, já referidas, acabaram se revelando um erro de avaliação.

Isso porque, de um lado, as reservas anunciadas estão longe de se confirmar, e, de outro, os custos e desafios tecnológicos da exploração das jazidas seriam mais fáceis de contornar num processo competitivo.

É importante para os investidores que a ANP restabeleça, doravante, a regularidade das licitações.


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