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Estrangeiras devem ser destaque em leilão de petróleo

Com restrição de caixa na Petrobras e na OGX, petroleiras de fora do país podem arrematar mais áreas

DO RIO

As petroleiras estrangeiras podem ser, pela primeira vez, as estrelas do leilão de áreas de petróleo e gás no Brasil.

A 11ª rodada de licitações da ANP (Agência Nacional do Petróleo) acontece em época pouco favorável às empresas brasileiras de capital aberto --Petrobras, OGX e HRT--, devido à restrição dos caixas dessas companhias.

Foram habilitadas 64 empresas, sendo 17 brasileiras e 47 estrangeiras. Ontem, venceu o prazo para o depósito de garantias para o leilão, previsto para os dias 14 e 15 de maio. Mas, até a conclusão desta edição, não se sabia se todas haviam depositado.

No mínimo, o leilão deverá gerar R$ 1 bilhão apenas em bônus de assinatura (lance no leilão), fora os investimentos que serão realizados para viabilizar a produção.

A rodada era aguardada com ansiedade após um intervalo de cinco anos. A falta de novas ofertas reduziu a área explorada no país para cerca de 100 mil quilômetros quadrados, ante 500 mil no auge das rodadas.

Para Jean Paul Prates, diretor da consultoria Expetro, a estreia de petroleiras independentes --como Premier, Murphy, Conoco e Woodside-- é a grande novidade. Há 18 empresas iniciantes.

PETROBRAS

Mesmo restrita pelo robusto plano de investimentos e a obrigação de ter 30% em todos os blocos que serão vendidos no leilão do pré-sal, a Petrobras deve ter boa presença no leilão, porém menor do que no passado.

"Acredito que ela vai buscar blocos, mas é claro que tem restrição de caixa e não pode descuidar do pré-sal. Se ficar com metade, acho de bom tamanho", diz Prates.

Nas dez rodadas anteriores, a estatal foi a que mais comprou blocos, com exceção da 9ª rodada, em 2007. Foi o ano de estreia da OGX, que pagou R$ 344 milhões pelo bloco BM-S-58 na bacia de Santos --o maior lance da história das rodadas--, mas até hoje não produziu nada.

Segundo o represente do consulado brasileiro em Houston (EUA), Roberto Ardhenghy, as companhias americanas buscam informações. "A vantagem dessa rodada é que muitas dessas empresas não conhecem o Brasil e estão testando as águas."

Pedro Galdi, economista-chefe da SLW Corretora, considera que, "na situação da OGX, fica difícil pensar em grandes lances. A Petrobras deve vir mais contida, e o pessoal de fora, mais forte".

Em março, a OGX disse que, para participar do leilão, teria de vender ativos. Está em andamento um acordo para a venda de 40% da empresa para a russa Lukoil e uma parceria com a malasiana Petronas.

A HRT está "otimista e vai ter uma posição ativa no leilão", segundo Haroldo Lima, ex-diretor-geral da ANP e hoje consultor da petroleira.

Sem a pressão do mercado de ações, a Barra Energia e a Queiroz Galvão devem ir com mais sede ao pote. "Analisamos possíveis parceiros", diz Renato Bertani, presidente da Barra Energia.


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