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Fala de diretor do BC muda visão do governo

VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

Os sinais emitidos pelo BC de que pode intensificar a alta de juros neste ano geraram, segundo assessores presidenciais, dois tipos de incerteza no governo: se a próxima elevação da taxa Selic será de 0,25 ou de 0,50 ponto percentual e qual será a duração do ciclo de altas.

As dúvidas foram levantadas pelas declarações do diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, de que considerava uma intensificação na alta dos juros básicos.

Até então, o Planalto trabalhava com um cenário de no máximo mais três altas de juros, todas de 0,25 ponto percentual, além da promovida na semana passada.

Havia até uma avaliação de que o ciclo poderia ter apenas mais dois aumentos, no caso de a recuperação mundial seguir num ritmo mais lento do que o previsto, o que poderia contribuir para uma queda da inflação.

No cenário ideal para o Planalto, após o ciclo de alta deste ano, os juros voltariam a cair em meados de 2014, às vésperas da eleição presidencial --a presidente Dilma Rousseff vai disputar sua reeleição e pretende usar o tema da queda de juros como uma bandeira de campanha.

Na avaliação do governo, a ata do Copom (que decide sobre a Selic) reforçava o cenário de um processo mais cauteloso de elevação da taxa de juros.

A fala de Carlos Hamilton, apesar da incerteza gerada, deixou claro, na visão de técnicos, que o banco não conta com a redução de gastos do governo para combater a inflação e vai focar sua ação na alta dos juros.

Segundo a Folha apurou, o discurso de Carlos Hamilton contou com o apoio da diretoria do BC. O governo entendeu que o BC deixou claro que a alta de juros poderá ser acelerada se a economia der sinais de crescer mais do que 3,1% em 2013 --patamar citado como PIB potencial (que não pressiona a inflação) por Carlos Hamilton.


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