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Bancos mantêm lucro, apesar de juro menor

Itaú e Bradesco reduzem inadimplência e provisões; Santander sofre com calote alto

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO ANDERSON FIGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os maiores bancos privados brasileiros --Itaú, Bradesco e Santander-- conseguiram manter seus lucros no primeiro trimestre, apesar do ganho menor com os empréstimos no ambiente de juros baixos.

No caso do Itaú e do Bradesco, isso foi possível porque houve uma melhora significativa da inadimplência, que implicou um recolhimento menor de provisões para cobrir eventuais calotes.

A exceção ficou por conta do Santander, que ainda sentiu o aumento da inadimplência e das provisões para perdas com crédito.

Mesmo assim, o resultado da subsidiária do banco espanhol, que já responde por 26% do lucro mundial, foi considerado positivo devido à forte expansão do crédito.

Maior banco privado brasileiro, o Itaú apostou em financiamentos de menor risco --como crédito consignado, imobiliário, grandes empresas-- para reduzir a inadimplência. No banco, os calotes acima de 90 dias passaram de 5,1% para 4,5% de março de 2012 até o mês passado.

"A inadimplência caiu de maneira sólida. E isso a despeito da sazonalidade do primeiro trimestre, que tem vencimento de IPTU, IPVA, material escolar e outros gastos. A expectativa é que continue recuando", diz Rogerio Calderon, vice-presidente do Itaú.

PROVISÕES MENORES

A redução da inadimplência no Itaú implicou a redução das despesas com provisões de crédito de R$ 6,21 bilhões no primeiro trimestre de 2012 para R$ 4,94 bilhões no mesmo período deste ano.

O resultado foi um lucro líquido de R$ 3,47 bilhões no primeiro trimestre, alta de 1,4% ante o mesmo período de 2012. O banco prefere frisar o chamado resultado recorrente, que exclui os efeitos extraordinários como venda de ativos e créditos tributários, que somou R$ 3,5 bilhões, 0,9% menos do que no mesmo período de 2012.

As provisões menores compensaram a queda de 10,8% nos ganhos com empréstimos, na comparação com o mesmo período de 2012.

Vale lembrar que nessa mesma comparação houve um crescimento de 9,2% no volume de empréstimos.

"Diante da sazonalidade do primeiro trimestre, que é um período mais fraco, o resultado é visto como positivo", disse Calderon.

O banco espera uma aceleração na demanda e na geração de novos empréstimos ao longo do ano, acompanhando o crescimento projetado de 3% da economia. A previsão é que o crédito cresça entre 11% e 14% em 2013.


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