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Opinião

Resultados mostram que é preciso mudar política bancária

ROBERTO LUIS TROSTER ESPECIAL PARA A FOLHA

Os balanços do primeiro trimestre dos três maiores bancos privados mostram lucros fracos. Em 2012, pela primeira vez em 15 anos, eles caíram, e tudo indica que permanecerão nesse patamar.

A explicação pode ser encontrada na "nova política bancária" adotada há um ano e anunciada em cadeia nacional. O mérito do objetivo é unanimidade. Todavia, a estratégia se mostrou um fiasco, confirmam os números divulgados na última semana.

O diagnóstico do governo era que a "ganância" dos banqueiros era o problema. Para tanto, usando os bancos públicos --com aportes de capital, baixando as taxas e expandindo a oferta de financiamentos--, tentou pressionar os privados a fazer o mesmo.

No conjunto, porém, o desempenho foi anêmico e o setor bancário não está cumprindo o papel esperado. O crédito, que tem condições de ser um propulsor da economia brasileira, está se tornando um freio, crescendo muito aquém do seu potencial.

Mesmo com todo o esforço, a inadimplência continua alta. Em março, o atraso superior a 15 dias no financiamento de veículos e no cheque especial era de 15%. No cartão de crédito, mais que o dobro.

A performance do setor bancário está tendo impactos sociais e econômicos graves que devem ser enfrentados. Todavia, banqueiros e governo ignoram, ou fingem ignorar, a raiz das dificuldades.

O Itaú e o Santander fizeram ajustes na diretoria como se fosse um problema gerencial, o que não é.

O governo insiste na sua estratégia e pretende resolver o problema da inadimplência com mutirões para limpar o nome. Não vai conseguir.

Fica a dúvida: por que não mudar a política bancária?


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