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De selins a lavadoras com secagem, Estado não consegue competir

DE SÃO PAULO

Certas marcas de bicicleta, como Caloi, Monark, Sundown, trazem nostalgia da infância, mas já estiveram melhor. A paranaense Sundown, terceiro lugar nos anos 90, desistiu das bicicletas para se concentrar em motos.

A paulista Monark (que, com a também paulista Caloi, dominava o mercado) ainda faz bicicletas, mas encolheu. Em 2002, em valores corrigidos, lucrou R$ 52 milhões. Nos quatro últimos trimestres divulgados, foram R$ 12 milhões. Em 2010, fechou a enorme fábrica em Santo Amaro e alugou um prédio em Indaiatuba.

Mais comuns hoje são bicicletas sem marca definida, chinesas, ou com marcas brasileiras, mas montadas com componentes asiáticos.

De 2006 a 2012, no Estado, a importação de quadros (o esqueleto da bicicleta) subiu 352%. O mesmo aconteceu com selins (295%), pedais (282%) e outras partes.

A Caloi tem uma fábrica em Atibaia (SP) e segue líder, mas não deixa de sofrer com a concorrência asiática. Em 1994, vendeu 1,9 milhão de bicicletas. Em 2012, 1,1 milhão.

LAVADORAS E ROUPAS

São paulistas duas importantes fábricas de máquinas de lavar: a da Whirlpool (que faz Brastemp e Cônsul), em Rio Claro, e a da Electrolux, em São Carlos. O caso delas é o único em que a China não é protagonista. Os dois países mais envolvidos no enredo são Coreia do Sul e Argentina.

Da Coreia, LG e Samsung se destacam vendendo no Brasil suas lava-e-seca. Em 2005, custavam R$ 6.000. Hoje, R$ 2.000. A Whirlpool diz estar estudando fazê-las aqui.

Já a Argentina aparece na outra ponta, como importadora dos nossos produtos. Ela é, via Mercosul, o principal destino das exportações paulistas, à frente dos EUA, pois compra muitos manufaturados. Ou comprava: as exportações de eletrodomésticos ao país sofreram depois que ele começou a impor, nos últimos anos, barreiras aos industrializados brasileiros.

No vestuário, calcinhas e pijamas femininos mostram uma tendência maior. Em 2006, o Estado exportou 451.660 unidades. Em 2012, 10.030.

As importações dos EUA mostram algo. O Brasil, que tem um grande polo têxtil em Americana (SP), é o seu 48º fornecedor de roupas. Perde dos asiáticos ultracompetitivos China (1º), Vietnã (2º) e Indonésia (3º), mas também de países como Peru (17º), Colômbia (29º) e Israel (32º).

Para o Sinditêxtil-SP, que reúne produtores do Estado, o Itamaraty, avesso a acordos de livre comércio com os EUA fora do Mercosul, ele deixa o país refém dos argentinos.


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