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Mantega quer nome 'de peso' para suceder Nelson Barbosa
Economista de fora do governo é preferência do ministro para novo nº 2
Procura está voltada para economista com perfil de formulador ou um mais voltado para a gestão
O ministro Guido Mantega (Fazenda) deve optar por um nome de fora do governo, "de peso", para substituir seu número dois no ministério, Nelson Barbosa, que deixará o cargo em junho.
Ontem, o Ministério da Fazenda confirmou oficialmente a notícia antecipada pela Folha, no sábado, de que o atual secretário-executivo pediu demissão.
Em nota oficial, o ministério informou que Nelson Barbosa deixará o cargo em junho e será substituído, interinamente, por seu adjunto, Dyogo Henrique de Oliveira.
Segundo a Folha apurou, a primeira opção de Mantega é trazer alguém de fora para o cargo, um nome "forte" para reforçar sua equipe. A escolha pessoal do ministro está entre um economista com perfil de formulador ou um mais voltado para a gestão.
Caso não encontre um nome ideal no mercado, o ministro vai escolher um técnico no governo. Dois estão cotados: o atual secretário de Política Econômica da Fazenda, Márcio Holland, e o secretário-executivo do Turismo, Valdir Simão, que já trabalhou com Mantega.
O secretário do Tesouro, Arno Augustin, está fora do leque de opções para substituir Nelson Barbosa. Os dois disputavam espaço no governo, mas foi Augustin que passou a ser mais requisitado pela presidente Dilma Rousseff na discussão e na formulação de programas federais.
Antes, esse papel era do secretário-executivo demissionário. Ele participou, por exemplo, da elaboração do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do Minha Casa, Minha Vida.
Foi responsável ainda pela formulação das novas regras de correção da caderneta de poupança, que permitiu ao BC aprofundar o processo de redução dos juros.
O secretário também elaborou e negociou no Congresso, com o ministro Garibaldi Alves (Previdência), a criação do modelo de aposentadoria do funcionalismo público --o Funpresp (Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal).
Se a saída de Nelson Barbosa foi decidida ontem, após reunião dele com Mantega, a situação do número dois do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, segue indefinida.
DILMA
Segundo a Folha apurou, a decisão está nas mãos da presidente Dilma, que ontem passou boa parte do dia em São Paulo em encontro com o governo alemão, do qual participou também o ministro Fernando Pimentel.
Na última sexta-feira, Pimentel encaminhou ao Palácio do Planalto a exoneração de Alessandro Teixeira, com quem vem tendo desentendimentos na condução do ministério. Dilma, porém, mandou sustar sua publicação.
Assessores dizem que a presidente quer negociar, antes, o futuro de Teixeira, indicado para o posto por ela.