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Internet vira parte da rotina de quem tem pelo menos 50 anos

Faixa etária tem maior expansão no uso da web no país, diz IBGE

MARIANA SALLOWICZ DO RIO

A internet já faz parte da rotina da pensionista Alzira Augusto Araújo, 71. Há dois anos, no entanto, ela mal sabia ligar o computador. Pela rede social, troca mensagens, vê atualizações e mantém o contato com os filhos, netos e irmãos.

Alzira está entre os brasileiros com 50 anos ou mais que passaram a usar a rede recentemente. O total de pessoas que acessam a internet nesse perfil disparou 222% de 2005 para 2011, a maior alta entre as faixas de idade.

No período, o crescimento dos internautas entre toda a população analisada --com dez anos ou mais-- ficou em 144%. Apesar dessa elevação, 53,5% dos brasileiros ainda não utilizavam a internet há dois anos.

O estudo, feito com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), foi divulgado ontem pelo IBGE.

Os entrevistados foram questionados se tinham acessado a internet nos três meses que antecederam o levantamento.

"O Brasil ainda não conseguiu resolver a questão do acesso, mas isso está bem encaminhado. Os números são positivos, reflexo do aumento da renda e do barateamento dos equipamentos", afirma Marcelo Coutinho, professor da EAESP-FGV.

MENOS INSERIDOS

A maior inserção dos mais velhos ocorre com o crescimento do uso da tecnologia. "Há cada vez mais a necessidade de se utilizar a internet, seja para fazer a declaração do Imposto de Renda, seja para acessar serviços bancários", diz Cimar Azeredo, coordenador da pesquisa.

Assim como muitos idosos, Alzira, que mora em São Paulo, vê a internet como uma companhia. O ingresso na rede foi logo após a morte do marido. "Sentia-me solitária. Agora consigo ver o que meus filhos e netos estão fazendo, trocamos mensagens."

Apesar do forte crescimento, o percentual de pessoas nessa faixa etária que acessaram a internet ainda é de 18,4%. Os mais conectados são os jovens de 15 a 17 anos (74,1%).

Também houve aumento significativo de internautas no grupo com renda de até um quarto de salário mínimo (R$ 169,50). Cresceu de 3,8%, em 2005, para 21,4%, em 2011.

Nessa divisão, estão desde jovens que ainda não têm renda até desempregados, que usam a rede para procurar uma ocupação.

Em relação ao uso de celular, a pesquisa mostra que o total de brasileiros com dez anos ou mais que não tinham aparelho era de 30,9% em 2011. Houve alta de 107% na comparação com 2005.

Por sexo, o percentual de mulheres que tinham celular para uso pessoal passou o de homens pela primeira vez em 2011: 69,5% das mulheres (60 milhões), ante 68,7% dos homens (55 milhões).


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