Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Cresce número dos que deixam lista de inadimplentes

8,92 milhões saíram de cadastro da Serasa de janeiro a abril, total 6,4% maior que no mesmo período de 2012

Além disso, caiu o número dos que entraram na lista; crédito mais comedido favorece cenário

DANIEL TREMEL COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quase 9 milhões de consumidores saíram da lista de inadimplentes da Serasa Experian, empresa de informações financeiras, de janeiro a abril deste ano.

O total -8,92 milhões- é 6,4% maior que no mesmo período de 2012. O cadastro considera devedores com atraso superior a 90 dias no pagamento das contas.

Ao mesmo tempo, caiu 2,1% o número de consumidores que ingressaram na lista, de 11,51 milhões no primeiro quadrimestre de 2012 para 11,27 milhões neste ano.

Esses movimentos ocorrem em cenário de inflação em alta, queda da atividade do comércio e oferta de crédito mais comedida, além de fraco crescimento econômico.

"Aquele excesso de endividamento que houve em 2010, que gerou uma inadimplência alta em 2011 e 2012, já não existe mais", diz Luiz Rabi, economista da Serasa.

"Os bancos aumentaram o controle. O crédito cresce menos, mas com qualidade", acrescenta. O economista ressalta ainda que os dados de agora reforçam a tendência de declínio na inadimplência percebida desde o último trimestre do ano passado.

O indicador de inadimplência da Serasa, que reflete o número total de dívidas em atraso, subiu 9,5% no primeiro quadrimestre deste ano. No mesmo período de 2012, a alta havia sido mais que o dobro, de 19,6%.

A taxa de inadimplência do Banco Central também está menor que no ano passado, embora ainda seja alta considerando os gastos das famílias com consumo: 7,6% em março. A menor taxa dos últimos cinco anos foi de 5,7% em dezembro de 2010.

Os valores descontam os chamados "recursos direcionados", como os do financiamento imobiliário, que tem baixo calote, de cerca de 2%.

"Se não fosse o problema da inflação e do juro alto, provavelmente a inadimplência teria redução maior. As pessoas têm emprego e estão conseguindo pagar as contas", diz Alexandre Chaia, professor do Insper, instituto de ensino e pesquisa.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página