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Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Em obras, Ceagesp quer se tornar 'novo Mercadão'
A Ceagesp, maior entreposto de legumes, frutas e hortaliças da América Latina, planeja agilizar o trabalho de carga e descarga de mercadorias e melhorar a segurança dos frequentadores.
Situado entre as marginais Pinheiros e Tietê, em São Paulo, o complexo deverá receber um investimento de R$ 25 milhões e ganhar câmeras de monitoramento, portarias reformadas, sinalizações e orientadores de trânsito.
O entreposto é vinculado ao governo federal. A C3V, vencedora da licitação para o serviço, estima que as melhorias estarão prontas em novembro.
"A ideia é que a Ceagesp atraia mais visitantes aos fins de semana e se torne um cartão-postal da cidade, como o Mercadão", diz o presidente da empresa, Roberto Barreto.
Segundo ele, o monitoramento do tráfego será 24 horas e em tempo real, o que vai desafogar pontos de congestionamento comuns atualmente, inclusive no entorno.
A Ceagesp diz que haverá maior controle das milhares de pessoas que circulam ali todos os dias.
Afirma ainda que até a qualidade dos alimentos comercializados vai melhorar. Descarregados mais rapidamente, estarão mais frescos.
A C3V vai arrecadar com tarifas para a circulação de veículos. Nem todos pagam hoje. O custo para caminhões de dois eixos, por exemplo, será de R$ 3,70 por quatro horas.
Para Barreto, o valor é baixo se comparado à economia de combustível que haverá com as mudanças.
O valor global do contrato é de R$ 141 milhões para oito anos de concessão.
DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL
A Alliar Medicina Diagnóstica vai investir mais de US$ 75 milhões (cerca de R$ 152 milhões) nos próximos meses em equipamentos e na expansão dos serviços para municípios distantes das grandes metrópoles.
A empresa, criada há dois anos pelo fundo de private equity Pátria, pretende aumentar as unidades de 50 para 80 até o final deste ano.
"Nosso foco é estar presente nas cidades que têm demanda reprimida por exames de alta tecnologia, com máquinas de qualidade e médicos reconhecidos", diz o presidente da empresa, Fernando Terni.
"Não são necessariamente cidades pequenas, mas onde a população que precisa fazer uma tomografia ou ressonância tem às vezes de viajar 200 km", afirma o CFO da Alliar, Fernando Pereira.
Os executivos dizem que essa forma de expansão é possível com um sistema que interliga as unidades e permite a atuação de especialistas a distância.
A empresa abriu recentemente unidades no interior de São Paulo e atua ainda em outros quatro Estados.
ENERGIA ITALIANA
A italiana Spark Energy, que faz parte do DSFGroup, abrirá no Brasil sua primeira unidade fora da Itália.
A empresa irá instalar uma fábrica de máquinas para geração de energia em Indaiatuba (a cerca de 110 quilômetros de São Paulo).
"O Brasil é um grande mercado potencial porque precisa de mais fontes de energia", diz o presidente do grupo, Giorgio Cavagnera.
A planta começará fabricando equipamentos com potência máxima de 500 kW, mas poderá ampliar a oferta de produtos no futuro.
Máquinas que geram energia a partir de biomassa deverão ser produzidas no local, segundo Cavagnera.
O mercado interno e da América do Sul serão os destinos das mercadorias.
Navegar... Empresários da Finlândia estiveram no Pará na última semana para debater oportunidades de negócios e o desenvolvimento da logística naval no Estado.
...é preciso O Pará, com cerca de 7.000 km de vias navegáveis, aposta no setor com projetos de um polo tecnológico e a inauguração, em 2014, de um novo porto.
RECICLAGEM MILIONÁRIA
A Reciclanip, entidade criada pelos fabricantes de pneus, vai investir R$ 87 milhões até o fim deste ano com os custos logísticos de retirada e de destinação final correta de material descartável.
A iniciativa faz parte da política nacional de resíduos sólidos do setor.
No primeiro trimestre de 2013, a entidade recolheu 90 mil toneladas de pneus, o que representa uma elevação de 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
"O investimento é rateado entre os fabricantes conforme a fatia de mercado que cada um tem", afirma Cesar Faccio, da Reciclanip.
Entre os fabricantes estão Pirelli, Michelin, Goodyear, Bridgestone e Continental.
"Cerca de 60% do gasto é com o trabalho de pegar o produto nos pontos de coleta, levar para a reciclagem e, depois, para o destino final", diz Faccio.
Um dos destinos dos pneus é a indústria do cimento, que o utiliza como combustível alternativo.
Lixo... O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias encaminhou para destino ambientalmente correto 13.431 recipientes de defensivos agrícolas entre janeiro e abril --6% a mais que no mesmo período de 2012.
...correto Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul foram os Estados que mais encaminharam as embalagens, com 70% do total. Rondônia, Rio Grande do Norte e Piauí tiveram os maiores crescimentos percentuais.