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Deficit nas contas externas é de 3% do PIB

Marca, que representa US$ 70 bilhões no acumulado de 12 meses, foi atingida pela primeira vez em 11 anos

Fraco desempenho das exportações e aumento das importações são principal motivo para aumento do rombo

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

O país teve deficit em suas contas externas de US$ 8,3 bilhões, um rombo que, no acumulado dos últimos 12 meses, chegou a US$ 70 bilhões, superando a marca dos 3% do PIB (Produto Interno Bruto) pela primeira vez em 11 anos.

O resultado ficou bem pior do que o estimado pelo Banco Central, que divulgou os dados ontem. A projeção era de resultado negativo de US$ 6,4 bilhões no mês passado.

Nos primeiros quatros meses do ano, o deficit alcançou a marca de US$ 33,2 bilhões, quase o dobro do valor verificado no primeiro quadrimestre de 2012 e outro recorde histórico, considerando a série iniciada em 1947.

O saldo das transações correntes reflete as operações comerciais e financeiras do Brasil com outros países, incluindo importação e exportação, gastos e receitas com viagens internacionais, remessas de dividendos de empresas, pagamentos e ganho com juros.

A deterioração das contas externas é explicada em sua maior parte pelo fraco desempenho da balança comercial --relação entre o que país vende e compra do exterior.

De janeiro a abril, o país acumula um deficit recorde de US$ 6,2 bilhões até abril. No mesmo período de 2012, o saldo estava positivo em US$ 3,3 bilhões.

Esta diferença, de US$ 9,5 bilhões, corresponde a 60% da diferença entre o deficit nas contas externas do primeiro quadrimestre e o do ano passado.

"Estamos com mais importações em diversos segmentos. Ao mesmo tempo, as exportações mostram retração de 4,3%", afirmou Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC.

Segundo ele, a queda das exportações preocupa mais, já que o aumento das compras no exterior reflete, em parte, o incremento da atividade econômica doméstica e dos investimentos no país.

O restante do saldo negativo veio do crescimento das remessas de lucro e dividendos, que subiram 62% no período, e do aumento de 16% no deficit na conta de serviços, especialmente pela alta dos gastos com viagens.

O BC manteve sua previsão de deficit de US$ 67 bilhões para o ano. A conta considera, contudo, saldo comercial positivo de US$ 15 bilhões, desempenho questionado por analistas, que antecipam resultado mais tímido e não descartam um deficit.

Por outro lado, os investimentos estrangeiros diretos (IED) devem ficar em US$ 65 bilhões. Em abril, houve a entrada de US$ 5,7 bilhões para o setor produtivo, o melhor desempenho da série histórica. No quadrimestre, contudo, o volume acumulado atingiu US$ 19 bilhões, US$ 1,3 bilhão menos que mesmo período do ano passado.


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