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Crédito perde força e indica retomada lenta da economia

Empréstimos têm alta de 1,1% no mês passado, diz BC; cálculos privados apontam queda nas novas concessões

Apesar de o BC ter voltado a elevar a Selic, custo do crédito ao consumidor ficou praticamente estável

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

O mercado de crédito brasileiro teve um desempenho fraco no mês passado, indicando um ritmo mais lento de recuperação da economia.

O Banco Central divulgou ontem que o saldo total de empréstimos cresceu 1,1% em abril ante o mês anterior, taxa menor que a de março.

Essa alta foi puxada, basicamente, por uma atuação mais agressiva do BNDES e pelo crédito imobiliário.

O crédito livre, que financia principalmente o consumo das famílias e das empresas, cresceu só 0,5%.

Cálculos de alguns bancos e consultorias apontam, inclusive, para queda nas novas concessões de crédito.

Ao retirar os efeitos sazonais e o impacto da inflação dos números do BC, o Bradesco estima que a média diária de novos empréstimos livres para empresas caiu 8,9% no mês em relação a março.

No caso dos consumidores, considerando os empréstimos mais diretamente ligados ao consumo, como crédito pessoal e para aquisição de bens e veículos, as novas concessões recuaram 3%.

Para a analista do Bradesco Ellen Steter, essas quedas "indicam um consumo fraco de empresas e consumidores e sugerem uma recuperação bastante moderada da atividade econômica".

Análise da LCA Consultores também apontou para queda nas novas concessões, embora em ritmo menor.

JUROS

Para Steter, a queda nos empréstimos para consumidores chama atenção os juros não subiram no período.

Apesar de o BC ter voltado a elevar a taxa básica de juros (Selic) em abril, o custo do crédito ao consumidor ficou praticamente estável.

Após queda mais acentuada em março, a taxa média anual cobrada nas operações de crédito livre teve pequeno recuo em abril, para 34,4%.

Com a provável continuidade da alta da Selic nos próximos meses, porém, a tendência é que o crédito volte a ficar mais caro, afirmou o chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel.


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