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Economia na encruzilhada

Venda de aviões decola com agronegócio

Bom desempenho nas atividades do campo já provocou alta de 10% ao ano no comércio de aeronaves executivas

Empresas dizem que a procura é tanto para facilitar a locomoção quanto para uso como ferramenta de trabalho

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

A força do agronegócio não está garantindo apenas bons números para a economia do país --seu avanço de 9,7% sobre o trimestre anterior foi o destaque positivo no pibinho de 0,6% do primeiro trimestre. Um dos setores que está surfando nessa onda é o da venda de aviões executivos.

Segundo a Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), a venda de jatos, turboélices e helicópteros cresce em torno de 10% ao ano, puxada, principalmente, por clientes ligados à agricultura.

O país se tornou neste ano o primeiro produtor e exportador mundial de soja e o maior exportador de milho e colhe safra recorde de grãos --185 milhões de toneladas.

Segundo a Abag, a grande dimensão do país, a baixa disponibilidade de rotas da aviação comercial e a necessidade de uma logística cada vez mais rápida contribuem para alavancar as vendas.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que 122 cidades brasileiras são atendidas por voos regulares. Já a aviação executiva consegue chegar, de acordo com a Abag, a 3.500 cidades.

Essa facilidade de locomoção tem atraído produtores rurais e executivos ligados ao agronegócio, segundo empresas do setor. "O empresário faz a conta e acaba adquirindo o avião", diz o presidente da Abag, Eduardo Marson.

Segundo a associação, o número de aviões executivos subiu 11,4% em um ano. O último levantamento mostra que a frota da categoria passou de 2.898 aeronaves em 2010 para 3.230 em 2011 --dados de 2012 sairão em agosto, no anuário da associação.

EMPRESAS DE OLHO

As empresas que vendem aviões, nacionais e importados, voltam suas atenções para o agronegócio. É o caso da Lider Aviação, que já tem 70% das suas vendas voltadas para essa clientela ""em 2011, eram 60%.

O diretor de vendas Philipe Figueiredo disse que a participação do agronegócio na compra de aeronaves tem crescido 15% ao ano. "Vendemos para frigoríficos, usinas [açúcar e álcool], produtores de soja, milho, algodão, criadores de gado."

Leonardo Fiuza, diretor comercial da aviação executiva da TAM, que revende Cessna (aviões) e Bell (helicópteros), disse que o agronegócio é o principal cliente na categoria de aviões turboélices.

Já a Helibras, que vende helicópteros, registrou aumento de 76% no faturamento do ano passado em relação a 2011, passando de R$ 288 milhões para R$ 508 milhões. Do total, 15% das vendas são para o agronegócio. A Algar Aviation informou que, dos 13 aviões comercializados desde 2007, 60% são usados como ferramenta de trabalho para atividades agrícolas.

Na Embraer, as vendas de jatos aumentaram 15% no ano passado em relação a 2011. Cerca de 70% é exportado. Do que é vendido no Brasil, 15% vai para o agronegócio --número expressivo, já que jatos são mais caros e cobrem até distâncias entre países.


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