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Análise

Efeito positivo da agropecuária na economia deve perder força

TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO

Principal influência positiva para o modesto crescimento de 0,6% da economia no primeiro trimestre, a agropecuária deve reduzir a sua contribuição nos próximos.

Espera-se uma desaceleração no ritmo de expansão, já que o avanço de 17% do setor no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2012, foi beneficiado pela fraca base de comparação.

No ano passado, o clima reduziu a produção de grãos no Sul do país, levando o PIB do setor agropecuário a uma retração de 8,5% no primeiro trimestre. Em 2013, a recuperação veio com força: a colheita de soja --carro-chefe da produção agrícola-- aumentou 23% e é recorde.

Embora o peso da agropecuária seja de apenas 5% no PIB, a sua contribuição foi tão relevante que, sem ela, o indicador teria ficado praticamente estável, segundo economistas do Bradesco.

Sem contar os efeitos indiretos do setor sobre as boas notícias do último PIB.

A alta de 3% nos investimentos, impulsionada por bens de capital, tem um componente agrícola. Para colher a supersafra, as vendas de colheitadeiras subiram 55%.

Com a safra de soja encerrada, os impactos diretos e indiretos da agropecuária no PIB serão menores, mas não serão nulos.

Se daqui para a frente o peso da oleaginosa diminui, entram na conta culturas não menos importantes: a moagem da cana-de-açúcar teve início em abril, enquanto a safrinha de milho, que já é maior do que a principal, começa a ser colhida em junho.

Com o aumento da produção de cerca de 10% em ambas, cana e milho contribuirão com 30% do valor da produção agrícola --peso semelhante ao da soja e, portanto, não desprezível.

Do outro lado estão o café e o feijão. O primeiro tem um ano de produção menor e de preços baixos. Já o feijão, com a menor safra em 12 anos, também contribui com a outra grande preocupação do governo: a alta inflação.


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